Antiguidades mesmo, à venda por aí, até com nota fiscal de época
As lojas de móveis usados vendem muita quinquilharia, mas algumas surpreendem pelo cuidado na hora de garimpar o que é relíquia.
A maioria está na avenida Júlio de Castilhos, mas na Marques de Pombal a cada dia mais pontos se abrem com móveis “velhos”, mas também com peças “antigas”.
Dia desses, passando pela avenida, a surpresa na vitrine foram duas cadeiras de barbeiro, com as notas fiscais emolduradas.
No Catarinense Móveis Usados, uma das maiores a se instalar na região, as duas peças não são baratas. Custam R$ 1 mil. “É coisa muito antiga, vale mais por isso”, conta o proprietário, Cézar Bazio.
Na nota fiscal da empresa Ferrante está o certificado de antiguidade, a data de produção: 3 de fevereiro de 1934. Há 78 anos, o valor pago foi “um conto, seiscentos e quarenta mil réis”, informa o documento amarelado.
Os cadeirões eram de uma barbearia que fechou há uma semana, garante Cézar, sem revelar o endereço do tal barbeiro. Pela conservação das notas fiscais, o homem merecia uma matéria à parte. “Ele também tinha 18 navalhas antigas, mas essas ele não vendeu não”, conta.
No galpão ao lado, alguns armários têm trabalhos na madeira pesada inimagináveis nos dias de hoje. Mas também valem o que pesam. “A dona desse, por exemplo, pediu 4 mil reais”, diz Cézar ao mostrar peça que veio de uma fazenda.