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Consumo

Com rotina de mascate, quem vive de feiras adapta até caminhão

De Mato Grosso do Sul e outros estados, vendedores da Expogrande comentam que rotina é exaustiva, mas compensa

Aletheya Alves | 15/04/2023 07:36
De São Paulo, vendedores trabalham no ramo das frutas há decadas. (Foto: Juliano Almeida)
De São Paulo, vendedores trabalham no ramo das frutas há decadas. (Foto: Juliano Almeida)

Conforme o tempo passa, algumas profissões vão sendo esquecidas, enquanto outras ganham nomes diferentes. Um exemplo são os vendedores que trabalham apenas com feiras e, na Expogrande, os antigos “mascates” continuam sobrevivendo.

Vindo de São Paulo, Eric Gabriel explica que a Vila das Frutas sempre funcionou voltada para feiras. Por isso, trabalhar no ramo já é algo cotidiano, ainda que se mantenha cansativo.

“Nós acabamos passando mais tempo na estrada do que em casa. Eu, por exemplo, moro em São Paulo mesmo. Então, o jeito é se dividir entre família e as feiras que precisamos fazer”, comenta.

Apesar da correria constante, o sócio detalha que não pensa em deixar o modo de trabalho de lado. “No fim, compensa. Além das vendas serem diferentes, você conhece um pouco de tudo”.

Jéssica da Cunha é de Mato Grosso do Sul e explica que as feiras do Estado sempre a recebem. (Foto: Juliano Almeida)
Jéssica da Cunha é de Mato Grosso do Sul e explica que as feiras do Estado sempre a recebem. (Foto: Juliano Almeida)
Empório Manual fazia vendas apenas em Brasília, mas mudança levou família para as estradas. (Foto: Juliano Almeida)
Empório Manual fazia vendas apenas em Brasília, mas mudança levou família para as estradas. (Foto: Juliano Almeida)

Antes de chegar aos 20 anos, Jéssica da Cunha também já tinha entrado no ramo das vendas ambulantes. Mas, em uma situação diferente, ela “herdou” a profissão do sogro e decidiu continuar acompanhando o marido na empreitada.

Por ainda não terem filhos, a vendedora comenta que não ter um espaço físico único se torna mais aceitável. “Quando nós temos várias feiras para ir, nem voltamos para Campo Grande. Já continuamos sem parar, mas se tem um espaço de tempo, ficamos por aqui”.

Ao contrário das vendas em locais fixos, como em lojas, Jéssica detalha que a clientela nunca é composta pelas mesmas pessoas. Por isso, o trabalho se torna um pouco mais instável.

“Em alguns eventos vendemos mais, outros menos. Na Expogrande, por exemplo, as maiores vendas devem ser em fim de semana porque as famílias vêm em peso”, relata Jéssica.

Ao invés de levar stand simples, Branca decidiu adaptar caminhão para fazer o serviço completo. (Foto: Juliano Almeida)
Ao invés de levar stand simples, Branca decidiu adaptar caminhão para fazer o serviço completo. (Foto: Juliano Almeida)
Tapetes possuem espaço tanto para serem transportados quanto para vendas. (Foto: Juliano Almeida)
Tapetes possuem espaço tanto para serem transportados quanto para vendas. (Foto: Juliano Almeida)

Já João Paulo de Faria, proprietário do Empório Manuel, que também é de fora de Mato Grosso do Sul, conta que ainda está se entendendo com os eventos. Até porque, em geral, o grupo costuma participar de feiras agropecuárias e não exposições.

“Essa é a primeira exposição em que estamos participando, fizemos um contato e conseguimos vir. Antes, nossa empresa ficava só em Brasília de modo itinerante, mas há alguns anos decidimos mudar o serviço”, relata João.

Em seu caso, ele explica que o grupo é uma família e, por isso, ficar junto se torna mais tranquilo.

Voltando para os vendedores de Campo Grande, Branca Rauschkolp trabalha com tapetes há mais de uma década. À princípio, a vida era realmente de mascate, já que as vendas eram ambulantes por Campo Grande.

Mas, conforme o tempo passou, ela comenta que deu início às feiras agropecuárias do Estado. E, assim, adaptou um caminhão para facilitar a vida.

Hoje, ao invés de levar uma estrutura separada para expor os produtos, o próprio caminhão faz o transporte e se transforma em uma loja itinerante.

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