Doka Reciclagem Fashion é modelo de expansão no second hand em Campo Grande
Há 10 anos, quando Dolly perdeu o emprego, e por acaso abriu um brechó, não existia nenhum que não fosse no centro da cidade e, por esse motivo, virou noticia na mídia e até livro da editora UFMS, na 2ª edição de Gente de Campo Grande no grupo dos gaúchos.
Durante o trajeto e com seu exemplo, muitas pessoas tomaram coragem e abriram loja brechó também. Em 2014, Dolly percebeu que vários brechós começaram o trabalho em conjunto com roupas novas, denominadas outlets. Essa nova "Era" precisava de uma nova visão para atitude de reaproveitar itens de vestuário "fora de moda."
Segundo Dolly, isso não correspondia com a proposta, já que ela havia se interessado muito pelo mercado e pela proposta ecológica de reaproveitamento de itens de vestuário. Então, decidiu abdicar do nome brechó por não combinar mais com a proposta que sua loja Doka oferecia. "É que, sim, o mundo precisa de um novo olhar, para esta opção tão importante na vida de qualquer ser humano, que é vestir, comer e beber. Experimente ficar sem um desses três itens, morre e vai preso se andar nú" comenta a empresária.
Como sempre gostou de ler e pesquisar coisas diferentes, Dolly descobriu que seu nicho de mercado era de reciclagem, reciclagem fashion.
Criou o próprio glossário para a Doka. Reciclagem é igual a separar e escolher e destinguir.
Logo então nascia a Doka Reciclagem Fashion.
Hoje, Dolly trabalha com 4 salas e mais ou menos 5 mil peças expostas entre roupas, calçados, bolsas, bijuterias e decoração para casa.
Apesar de grifes não serem mais prioridades para as compras da loja, as araras estão cheias de marcas como Maria Valentina, Morena Rosa, Hit, Lança Perfume, MSP, BobStore, Equus, Forum, Espezzato, Corporeum, Le Lis Blanc, Iodice, Lez a Lez, CAOS, Botsuana, Talita Cume, Frida, Carol Arbex, Cris Barros, Glória coelho e Artur Caliman.
Dolly acredita que o futuro do vestuário, será sim o second hand, pelo alto impacto ambiental que a produção textil causa hoje, começando pela água, até a mão de obra escrava utilizada. "Grande parte da população mundial prefere fechar os olhos para tirar sua responsabilidade, o que cada loja de reciclagem deve investir é promover o incentivo do second hand e não estimular o sentimento hipócrita de ir no brechó e comprar o novo, com a ilusão de sustentabilidade" comenta.
Dolly diz com clareza que já existem dois grupos distintos, um bem menos, infelizmente, mas é por enquanto, o grupo que sabe e conhece toda cadeia produtiva de vestuário, e por isso prefere vestir-se somente com recicláveis, e outro que também sabe mas prefere fingir que não.
As lojas de reciclagem fashion são iguais lojas normais, lojas do centro, lojas do shopping, só que suas roupas são second hand. Muito em breve, isso será normal e com muito mais vantagens e variedades, vai caber a cada um escolher onde comprar.
Agora Dolly lançou a campanha Natal Solidário e, trazendo brinquedos em perfeito estado, a cliente troca por um voucher de R$ 10,00 para usar da forma que quiser na loja que tem setores fixos permanentes de R$ 10,00 R$ 20,00 R$ 30,00. O restante loja é dividido por tamanho e valores nas peças, que muito raramente ultrapassam o valor de R$ 300,00 por serem peças de sistema consignado, já que Doka criou seu próprio padrão de produtos e valores. Para mudar, somente com uma mudança econômica.
Quem quiser conhecer a loja, a Doka Reciclagem Fashion fica na Rua Abrão Julio Rahe, 405, Centro. O telefone para contato é (67) 99258-5249.
O horário de funcionamento é de segunda a sexta das 8h30 às 18h e aos sábados das 8h30 às 13h. Horário especial de natal - sábados até as 16h e a partir do dia 11/12 até o dia 29/12 das 9:30h as 20:30h.