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Consumo

Em 5 meses, quase 100 veículos pegaram fogo em ruas da Capital; veja como evitar

Engenheiro mostra que até kit multimídia pode ser vilão e iniciar as chamas

Izabela Cavalcanti | 24/08/2022 08:55
Caminhonete S10 destruída na Avenida afonso Pena, em Campo Grande. (Foto: Direto das Ruas)
Caminhonete S10 destruída na Avenida afonso Pena, em Campo Grande. (Foto: Direto das Ruas)

Com frequência carros pegam fogo no meio da rua em Campo Grande. Os dados mais atualizados do Corpo de Bombeiros mostram que nos primeiros 5 meses do ano foram 99 casos. Até mesmo veículos de última geração enfrentam essa situação, e os motivos são diversos, mas os dois principais podem estar na sua frente, alertando há dias.

Por semana, são cerca de 5 motoristas desesperados diante das chamas. E nem sempre são modelos antigos. Nesta quarta-feira, por exemplo, uma caminhonete S10 teve a parte dianteira destruída ao pegar fogo na Avenida Afonso Pena, por volta das 5h. Em 1° de agosto, outra caminhonete explodiu na Rua Joaquim Murtinho. Já no dia 4 do mesmo mês, Ford Ka foi tomado pelas chamas. No dia 6 de agosto, veículo pegou fogo, após colisão. Essas são apenas algumas das diversas ocorrências registradas.

“O carro novo, que vem de fábrica, é muito difícil pegar fogo. É muito raro errar nesse ponto. O que pode levar a isso é acessório mal instalado e vazamento de gasolina”, destaca o engenheiro mecânico do Senai, Iwan Garcia de Rezende.

No dia 4 de agosto, Ford Ka pegou fogo, no bairro Jardim Noroeste (Foto: Marcos Maluf)
No dia 4 de agosto, Ford Ka pegou fogo, no bairro Jardim Noroeste (Foto: Marcos Maluf)

Instalações – O desejo de ter um carro com multimídia e cheio de acessórios, pode custar caro. Isso porque, as instalações malfeitas desses equipamentos podem resultar em incêndio a curto prazo.

Neste caso, Rezende explica que muitas pessoas compram carros comuns e querem fazer instalações com empresas terceirizadas. Fio desencapado, caixa de fusível em situação precária, podem ser um prato cheio para as chamas.

“O que mais acontece é erro de manutenção, instalação de acessórios, alarme, som e multimídia. As pessoas costumam comprar sem e depois instalam, sem ser na concessionária, e muitas vezes fica irregular”, destaca.

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Vazamento de combustível – As mangueiras de alimentação ressecadas também é outro principal motivo para deixar o motorista atento. O item é responsável por fazer o repasse do combustível entre o tanque e o motor, podendo ressecar com o passar do tempo, causando vazamento.

“O ressecamento das borrachas e mangueira de condução de combustíveis, também pode causar incêndio, principalmente em carros com mais de dez anos de uso. A mangueira pode trincar e ao longo do tempo pode apresentar vazamento e é ainda mais perigoso se for perto das bobinas e velas de ignição”, completa.

Com isso, estacionar em locais apropriados deve se tornar um dos principais checklist. Cigarro aceso no chão e objetos inflamáveis, por exemplo, podem ser convidativos aos carros com vazamento.

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Retirada do extintor – Em setembro de 2015, os extintores deixaram de ser obrigatório em veículos comuns, como automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada.

Para o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), o uso do extintor de incêndio por pessoas sem preparo poderia gerar ainda mais risco ao motorista do que o próprio incêndio.

Em todos os casos em que o veículo pegar fogo, a primeira orientação do tenente coronel Cezar, do Corpo de Bombeiros, é tentar estacionar o carro em local seguro, longe de outros veículos, de casas e longe da rede elétrica.

Depois de todos saírem do veículo, é indispensável o contato com o bombeiro. Nos casos em que o motorista souber manusear o extintor, a orientação é de apenas destrancar o capô por dentro e não abrir totalmente, para que a fumaça não seja inalada.


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