No ócio, casal transforma pedaço de madeira esquecida em biojoia
Após trabalhar com marcenaria, Andiara e Rodrigo se voltaram para os acessórios de moda
Sem comprar madeira, Andiara Pacco e Rodrigo Bento encontram o material para produzir suas biojóias em caminhadas pela área rural e através de doações. Usando aquilo que a maioria das pessoas nem nota, o casal percebeu, através de momentos de ócio, uma forma de entrar no mundo dos acessórios de moda sustentável.
De pulseiras e brincos até anéis, a madeira vai tomando novas formas no ateliê. E, entrando em um ritmo diferente, Rodrigo conta que as moldagens são dadas pelo formato do material bruto.
“Geralmente, as pessoas têm em mente o que vão fazer e a gente até tenta fazer isso, mas acaba acontecendo de um jeito diferente. Nós aproveitamos o corte da própria madeira, muitas vezes, para produzir”, explica Rodrigo.
Assim, ao invés das biojóias serem padronizadas, os resultados se tornam ainda mais manuais, como ele detalha. Além de seguir o fio condutor da madeira, ele também pontua que o trabalho em dupla pode deixar o processo ainda mais livre.
Isso porque, no caso dos dois, enquanto um imagina e dá início à produção, o outro fica responsável por finalizar. “Às vezes, eu tenho uma ideia, mas quando passo para a Andiara, ela finaliza de um jeito diferente, tem uma ideia melhor. O resultado mesmo a gente só vê no final”.
Por se tratar de um trabalho voltado para algo mais tranquilo, Rodrigo explica que os dois não costumam nem mesmo criar um catálogo que pode ser replicado. Assim, a oportunidade de comprar as peças depende de como a produção caminha artesanalmente.
Detalhando mais sobre os materiais, o sócio da empresa comenta que tudo começou na produção de objetos maiores como luminárias. “A gente trabalhava com marcenaria, mas na pandemia uma amiga viu sobre biojóias e compartilhou com a gente. Quando vimos, nos identificamos e resolvemos trazer para cá também”.
Desde então, as caminhadas tomaram novas formas, já que a madeira passou a ser encontrada em passeios por sítios. “Outra forma que a gente tem de encontrar essa madeira é por doações. Há alguns dias, um rapaz dos deu madeira de um pé de jaca. É uma madeira que você não costuma encontrar por aí”, diz.
Além do foco na madeira, ele também comenta que outros materiais são agregados quando surgem doações. Exemplo disso são as peças de resina feitas ultimamente.
“Um rapaz de Dourados trabalha fazendo talheres e ele tinha um descarte de resina que sobrava. Ele lembrou de nós e perguntou se a gente conseguia fazer algo com aquilo e, é claro, não negamos”.
Com produções periódicas, as peças da Ócio podem ser consultadas através do perfil no Instagram @ociobiojoiacriativa.
Confira a galeria de imagens:
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