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Consumo

Sofrendo com o burnout, Carolina trocou correria pela arte

Foram necessários vários episódios até que a empreendedora realmente entendesse seu próprio ritmo

Aletheya Alves | 25/03/2023 08:42
Trabalhar com acessórios cheios de cores tem trazido o ânimo para Carolina. (Foto: Divulgação)
Trabalhar com acessórios cheios de cores tem trazido o ânimo para Carolina. (Foto: Divulgação)

Após passar por episódios de ansiedade e exaustão extrema, chamada Síndrome de Burnout, Carolina Amim Prata Carneiro entendeu que precisava encontrar seu próprio ritmo. Sem imaginar que uma das soluções seria buscada na infância, a administradora conta que se surpreendeu quando se sentiu ‘salva’ por arte em forma de bijuterias coloridas.

Por muito tempo, ela explica que se identificou como uma pessoa voltada para os estudos mais burocráticos, sem espaço para as práticas manuais. Tanto é que quando começou a sentir vontade de criar peças, duvidou de si mesma.

“Quando era criança, eu gostava bastante de atividades manuais, de pintar, e lembro que tinha o desejo de fazer mais coisas”, puxa na memória. Apesar do gosto inicial, ela narra que o pensamento enquanto adulta era bem diferente.

Após episódios de estresse e ansiedade, o gosto por seu próprio ritmo tem voltado. (Foto: Divulgação)
Após episódios de estresse e ansiedade, o gosto por seu próprio ritmo tem voltado. (Foto: Divulgação)

Isso porque se imaginava como “estabanada com as mãos”. Mesmo assim, quando o ritmo de trabalhar das 7h às 22h, até mirar em um ambiente cheio de dúvidas começou a parecer uma possível solução.

Contando sobre sua trajetória, Carolina explica que 2019 foi a primeira tentativa de mudança, já que o estresse estava presente em todos os momentos. “Fui entendendo que meu ritmo e minha sensibilidade não estavam de acordo com o ritmo de vida que eu estava escolhendo, de trabalhar de domingo a domingo, não parar em casa”.

Com a pandemia, algumas mudanças começaram a ser tratadas, mas no caminho a correria voltou mais uma vez. “Resolvi tentar mais uma vez assumir um cargo de coordenadora administrativa em uma faculdade de Joinville. Mas encontrei uma faculdade que precisava de reestruturação por conta da pandemia”, explica.

E, novamente, o trabalho seguia até o fim da noite, deixando espaço apenas para um sono cansado. “Os problemas foram me consumindo, então parei tudo de novo. Em Joinville, há muitas feiras de artesanato e lá é que conheci a cerâmica plástica. Voltei para Campo Grande e o desejo de trabalhar com os acessórios veio também”.

Hoje, os brincos são os produtos feitos por ela, mas novos itens devem começar a ser criados. (Foto: Divulgação)
Hoje, os brincos são os produtos feitos por ela, mas novos itens devem começar a ser criados. (Foto: Divulgação)

Por se tratar de um produto maleável, com várias possibilidades, Carolina conta que se envolveu com a produção de brincos. E, neles, passou a ver as cores que estavam faltando há anos em sua vida.

“Isso é o que tem me nutrido, eu precisava virar a chave e trabalhar com minha própria empresa, fazer esses trabalhos, ter minha marca tem sido ótimo”, completa.

Por enquanto, a Carola Acessórios Criativos trabalha apenas com brincos, mas novos produtos estão sendo desenvolvidos por ela. Hoje, os brincos variam entre R$ 20, no caso dos brincos ‘nózinhos’, e R$ 32 em outros maiores.

Para conhecer mais sobre os produtos, o perfil do Instagram é @carola_acessorioscriativos.

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