Amor por carro estrela de ‘Velozes e Furiosos’ une turma na cidade
Enquanto uns amam Fusca, o Civic Coupe fez professor começar grupo com outros fãs do modelo clássico
O cenário de filmes e jogos despertou o fascínio pelo veículo clássico. Enquanto muitos são apaixonados por Fusca, Opala e Corcel, o Civic é que conquistou o coração de quem cuida tão bem do carro que prefere sair com ele na rua em ocasiões excepcionais.
Professor de física, Pettersson Dias da Silva, de 45 anos, é tão fã do modelo que decidiu criar um grupo para reunir as pessoas que compartilham do mesmo interesse pelo Civic. Há cerca de um mês, ele encontrou de diferentes formas os demais participantes da turma que se reuniu pela primeira vez na tarde de domingo (30).
Quando fala do Civic Coupe 1994 que tem, Petterson revela que a vontade de ter um era antiga, mas o sonho se realizou somente neste ano. “Fazia muito tempo que queria comprar, entrei na internet, mas é muito difícil, é quase raridade esse modelo”, conta.
O interesse pelo Civic está diretamente ligado à franquia Velozes e Furiosos. Quando o primeiro filme foi lançado em 2001, o Civic Coupe fez sucesso e protagonizou cenas importantes ao lado de Dom Toretto (Vin Diesel).
Apesar de ser admirador do modelo desde o primeiro filme, o professor não sabia onde encontrar o carro dos sonhos. “Sempre gostei desse carro em relação ao filme, mas nunca tive ideia de onde comprar, comecei a pesquisar e um amigo meu comprou de um mecânico da Honda. Aí fiquei mais animado”, fala.
A internet foi o caminho que Petterson seguiu para conseguir encontrar o modelo que até então não estava sendo vendido pelo dono. O jeito que Petterson encontrou para ter o carro dos sonhos foi não aceitar o não como resposta.
“Fiquei quase umas duas semanas ligando pra ele aí consegui comprar, mas ele não queria vender, ele não colocou à venda eu que consegui com o mecânico localizar o carro e insisti pra comprar”, explica.
Uma vez na semana, o professor tira o carro da garagem e dirige até as escolas onde trabalha. Às quintas-feiras, o Civic Coupe é fotografado incansavelmente pelos alunos. “Eu vou e o pessoal gosta, os meninos gostam de Velozes e Furiosos”, afirma.
Para quem não entende o cuidado ou até mesmo a paixão pelo modelo, o professor justifica que ter o Civic clássico é como um lazer. “A satisfação de ter um carro antigo assim é igual ao pessoal que tem lazer, gosta de jogar futebol. O nosso lazer é cuidar do carro porque esses carros antigos tem que cuidar bem, as peças não são fáceis de achar. Para manter tem que tomar cuidado, tem que tratar como idoso”, relata.
Com a teoria de que quem tem um Civic também fica mais tempo com ele guardado em casa, o professor confessa ser difícil encontrar outros donos. “Tem muita gente que não divulga nada do carro e fica difícil de encontrar o carro, porque o pessoal deixa guardado na garagem, o pessoal tem muito ciúme”, conta.
Por isso quando encontra um Civic na rua, ele não perde tempo e deixa um bilhete convidando a pessoa pro grupo. Através de um desses bilhetes, Matheus Leite, de 26 anos, entrou em contato com os outros participantes Pedro Lucas, Pedro Augusto Custódio, Dasley Chaves, Vitor N.
Cada um é proprietário de um modelo fabricados em diferentes anos, sendo eles: Civic LX 1995, Civic G7 2005, Civic G7 2006, Civic Coupe 1994, Civic EJ8 1998. Servidor público, Matheus é dono do modelo 1998 que é o mesmo que usava para jogar videogame quando era criança.
O jogo foi um dos motivos pelo qual ele desenvolveu interesse pelo carro que conseguiu comprar há quase 1 ano em Blumenau (SC). “Comecei a me interessar por carros quando ainda era guri, porque sempre gostei de videogame e um dos primeiros jogos que joguei foi o NFSU2. Joguei por muito tempo, ainda jogo de vez em quando e lá descobri carros incríveis. Desde então, sempre quis ter um carro que pudesse modificar e o Civic sempre foi meu carro inicial nesse jogo”, conta.
Na época, ele também assistiu ao primeiro filme da franquia Velozes e Furiosos onde conheceu outros modelos do carro. Quando descobriu que o modelo podia ser comprado por um valor acessível, Matheus começou a pesquisar.
“Na mesma época vi Velozes e Furiosos 1 e descobri que existiam também outras gerações de Civic antes do G6, além disso descobri que, diferente dos carros como a skyline r34, era um carro acessível aqui no Brasil. Aí o tempo foi passando, continuei pesquisando sobre carros e consegui comprar essa raridade”, fala.
Aos poucos, o servidor faz mudanças no carro que não pretende vender por nada. Quando terminar de trabalhar no veículo, a ideia é comprar outro Civic, mas o Coupe branco da geração anterior.
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