Após uma década, Carnaval do Vovó Ziza volta com princesa de 77 anos
Centro de Convivência do Idoso “Vovó Ziza” comemorou a volta do baile de Carnaval
Quem pensou que só na pandemia o Centro de Convivência do Idoso “Vovó Ziza” ficou sem Carnaval se enganou. Na tarde desta sexta-feira (17) muita gente se deu conta que a folia tradicional ficou 10 anos sem aparecer no salão, que nos últimos anos deu espaço aos bailes sertanejos.
Desta vez, as marchinhas deram tom à diversão, que contou com inúmeros idosos e familiares fantasiados com acessórios carnavalescos. Além da música, o repertório entre eles foi o ‘amor ao Carnaval’.
Fantasiada e animada, Dalia Benites, de 77 anos, não parou de dançar um minuto. Com faixa de Princesa da festa, ela diz que Carnaval e quadrilha são suas festas preferidas no ano. “Na idade que a gente tem não existe coisa melhor”.
Durante muitos anos, Luzina Gonçalves Vargas só viu Carnaval pela televisão, até que depois dos 30 anos ela decidiu dar uma escapadinha para conhecer a festa no interior de Mato Grosso do Sul. “Não deu outra, deslumbrei e apaixonei pela folia”.
Se dependesse dela, Carnaval seria o ano inteiro. Não foi à toa que os dois anos sem folia por conta da covid-19 foram os mais tristes. “Eu sentia muita falta. Desde que me apaixonei pelo Carnaval eu sempre dei um jeitinho de sair em alguma escola de samba. Quando soube que ia ter no Vovó Ziza, fiquei muito feliz”, destaca.
Izildinha Gonçalves Coimbra, de 64 anos, lembrou dos tempos que curtia o Carnaval ao lado da mãe, na juventude. “Nunca mais deixei de lado a folia, é como se o Carnaval e a dança me transformassem. Eu amo”.
Com tiara de solteira na cabeça, Maria da Costa, de 73 anos, recordou que sua mãe já foi até Rainha de Carnaval em Minas Gerais, por isso, ela nunca soube abandonar a folia. “Está no meu sangue”, brincou.
A coordenadora do CCI, Lúcia Alencar, conta que a equipe passou a semana elaborando a decoração e estava tão ansiosa quanto os idosos. “O baile contribui para aumentar a autoestima e ajuda na integração social. Também é importante porque inserimos a data do Carnaval nas comemorações da unidade por ser uma festa popular e cultural”, pontuou.
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