Com tributo a Manoel de Barros no RJ, Império Serrano é uma das favoritas
O segundo dia de desfiles da Série A do Carnaval do Rio de Janeiro teve homenagem ao centenário de Manoel de Barros. As alegorias da escola mostraram o Pantanal do enredo "Meu quintal é maior do que o mundo".
E o carnavalesco Marcus Ferreira cumpriu a tarefa de mostrar nosso poeta na avenida. Abriu o desfile com comissão de frente que lembrou Bernardo, o amigo que inspirou Manoel por toda a vida. O chapéu de palha do matuto pantaneiro virou uma casa de passarinhos, aves que ajudavam o poeta a ver o céu.
Do Pantanal também vieram os tuiuiús, jacarés, onças, araras azuis e vermelhas, além de muitas aves que inspiraram, inclusive, as fantasias de mestre-sala e porta-bandeira. Mas não faltaram as formigas e as rãs de Manoel, símbolos do olhar dele sobre a simplicidade.
O segundo carro trouxe um grande caramujo, para lembrar a frase “Caracol é uma casa que anda”. "É a síntese do segundo setor, na verdade é a parte da obra de Manuel de Barros que eu mais gosto. Se eu tivesse que resumir a obra dele em um animal seria o caramujo. Que é uma das célebres frases dele", comentou o carnavalesco Marcus Ferreira.
A contar pelas avaliações de especialistas no assunto, a Império foi muito bem, com desfile a altura do tema escolhido, e fechou a noite como uma das favoritas para subir ao Grupo Especial em 2018.
Foram 21 alas e cerca de 2,5 mil componentes na avenida. “Eu tentei dar a minha linguagem ao desfile, para que ficasse mais jovial, leve. Até mexi um pouco nas cores da escola para dar mais dinamismo. Foi muito emocionante”, contou Marcus.
O público entrou no samba, entusiasmado com a evolução da escola no asfalto. O único imprevisto da noite foi problema em parte do carro abre-alas, que teve de ser retirado. Por conta do problema, a apresentação acabou faltando apenas 1 minuto para o fim do prazo regulamentar.
A Império Serrano levou 9 vezes o título do Carnaval carioca, mas caiu para a Série A em 2010.
