Festa une comunidade que há 50 anos faz história no bairro Santa Luzia
Na comunidade Santa Luzia, há pelo menos 50 anos a população se movimenta pela igreja da região, que recebe carinhosamente o mesmo nome do bairro. De acordo com o padre da capela, Cleber Rosa, há anos eles promovem uma festa julina para reunir o pessoal mas só em 2018 é que a única festa que foge um pouco do contexto religioso ganhou proporção como as quermesses na área central de Campo Grande.
Nos dois dias de arraial, últimos sábado e domingo (08) do mês, cerca de 6,5 mil pessoas compareceram. No sábado, a inauguração do evento teve início às 18h com o concurso de quadrilhas adulto e infantil, além das brincadeiras antigas, que remetem às quermesses do passado, como o desafio do pau de sebo. O som do Conjunto Irapyru e as comidinhas típicas do período, como cachorro quente, caldos, pé de moleque, tapioca, pastel e espetinho, fizeram pelo menos 2500 fieis marcar presença na Igreja.
Já no domingo o número de presentes se multiplicou para quase 4 mil pessoas com a galinhada, leilões e show de prêmios com R$ 7.500,00 investidos. "Posso dizer que cerca de 95% dos presentes na festa são católicos, mas recebemos bem a todos, independente de sua fé", diz o padre.
Para Cleber, a festa tem ganhado tantos fieis pelo preço cobrado pelas comidas e pelo show de prêmios, além da ampla divulgação que a comunidade faz desde pelo menos 3 meses antes da celebração.
"A gente tem tradição dentro do bairro mas agora tem vindo gente de outros locais inclusive de outros distritos próximos à Campo Grande", completa.
Os sabores vendidos ali também fazem sucesso e são atrativo. A mulherada esteve com a mão na massa para preparar a galinhada do último dia de festa.
No calor da cozinha da igreja, dez mulheres preparam 350kg de frango e mais 500kg de arroz para alimentar o pessoal que chega faminto. "Por um canhoto do show de prêmios nós cobramos R$ 20,00, e a pessoa tem direito a um prato de galinhada", diz ainda Cleber.
A coordenadora da cozinha é Maria Aparecida Silva. Mesmo suando, o sorriso não saiu de seu rosto por nenhum segundo sequer enquanto falava ao Lado B sobre o trabalho.
"No final é gratificante. A gente não para pra nada, sempre fazendo mais arroz mais frango, ou a salada e a farofa. Dá aquele medo de a comida acabar também, mas no final dá tudo certo. Quem come aprova o tempero", diz ela.
Já na barraca do pastel, os responsáveis eram da Comunidade Perpétuo Socorro. Encomendados de uma senhora que faz massa caseira, dos 2500 pasteis previstos para serem vendidos, já tinham saído 1010 deles. "O pessoal está gostando. Estamos vendendo a R$ 3,50".
Para o próximo a previsão é de que venha mais fieis para alegrar a quermesse do Santa Luzia. A data da festa acontece geralmente no segundo fim de semana de julho, então marquem na agenda para não perder em 2019!