Happy Holi reúne de garotada a aposentados em festa família e de pouca bebida
Em um ambiente super família, quem foi ao Happy Holi achou a festa "coisa da Europa". A edição em Campo Grande, no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, teve cara de matinê, com grande quantidade de adolescentes e até crianças, todos acompanhados pelos pais. Em 8 horas de festa, o perfil do público só mudou depois das 18h, quando o povo da balada começou a chegar.
A diversão, ao som de música eletrônica, sempre tem as bebidas alcoólicas como ponto alto, mas não desta vez. Para o público, a grande vantagem foi brincar de se sujar, sob um calor de mais de 35 graus. Para a estudante Rafaela Bartoloti, de 16 anos, a festa surpreendeu e superou as expectativas “Eu assisti a vídeos e me animei, mas isso aqui está melhor ainda”, define.
E teve até quem percorreu mais de 300 quilômetros para participar da festa. Os amigos Adriana Acosta, Rodrigo Martinez e Alexandre Tellecher, todos com 20 anos, são de Pedro Juan Caballero (PY) e assim que souberam que a capital sul-mato-grossense iria sediar a festa, decidiram juntar dinheiro e viajar. Ao todo, o grupo gastou R$ 1,5 mil e segundo Adriana, cada centavo valeu a pena. “A festa é original”, comenta.
O amigo Alexandre completa: “Sempre é o mesmo tipo de festa, a noite, todos bebem e voltam pra casa, aqui é diferente”, elogia.
Para um público eclético, nada mais coerente do que os estilos musicais também. Quem foi, pode escutar hip-hop, música eletrônica, funk e até rock nacional.
A professora de 47 anos, Jane Iricalay, levou as duas filhas adolescentes e o caçula Bernardo, de 7 anos. Toda colorida, ela entrou na festa só para acompanhar, mas acabou se divertindo. “A ideia era só acompanhar, porque são menores de idade, mas aproveitei e vim de branco e estou me divertindo também”.
Por insistência da filha de 13 anos, a aposentada Irene de Oliveira, de 57 anos, foi até procurar vídeos das outras edições para “entrar no clima”, e claro, se rendeu à festa das cores. “Valeu a pena, a festa é linda”, comenta.
A cada 45 minutos era o momento de todo mundo se concentrar em frente ao palco e jogar o pó colorido para o alto. A recomendação era para economizar e se preparar para a contagem regressiva. Teve gente que para não ficar sem, guardou até o último momento. “Ainda nem abri o meu e já estou colorida”, conta a estudante Letícia Damião, de 17 anos.
Na internet, várias imagens da festa foram divulgadas e a sátira foi em relação à intensidade das cores dos pós, que em Campo Grande pareceu bem inferior aos das festas da Europa. Um dos motivos para isso foi o aparelho de fumaça branca localizado no palco, que deu a impressão “errada”. Quem esteve mesmo presente, não reclamou do colorido vivo.
Muita gente apareceu só para tirar fotos, uma oportunidade especial. "Nunca pensei que viesse para Campo Grande. Não podia perder por nada a chance de fotografar e colocar no Face", comemora a estudante de Nutrição, Keila Vitoriom de 22 anos.
A população do bairro Nova Lima também adorou a novidade, mesmo do lado de fora. No canteiro central da avenida Consul Assaf Trad, famílias inteiras colocaram as cadeiras sob as árvores para acompanhar a festa. "Bom mesmo era ir lá para jogar as cores, mas daqui também estamos curtindo o som", conta o eletricista Romualdo Pedroso.
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