Irmãos impressionam até veteranos com 40 minutos de fôlego em desfile
Ontem os irmãos demonstraram uma performance que surpreendeu até profissionais com décadas de experiência
O Carnaval é mais do que uma festa para os irmãos Pedro Antônio Santos Pereira, de 16 anos, e Paulo Henrique dos Santos Pereira, de 18 anos. Para eles, o samba corre nas veias, é tradição de família e uma paixão que transcende gerações. Nesta segunda-feira (12), os jovens surpreenderam o público ao puxarem durante 40 minutos o enredo da escola de samba Herdeiros do Samba, demonstrando uma performance que rivaliza com a de profissionais experientes.
A história da família Pereira com o Carnaval remonta várias décadas. O pai dos meninos, cujo nome é um dos mais apaixonados nos círculos do samba, acumula diversos títulos conquistados ao longo de sua trajetória nas escolas de Campo Grande. "Meu pai é o maior campeão de Carnaval, ele que ganhou mais títulos em escolas de samba", orgulha-se Pedro Antônio, que participa ativamente das atividades carnavalescas desde 2018, mas que desde sempre esteve envolvido com o mundo do samba.
Atualmente, os irmãos desfilam com a Unidos do Cruzeiro, onde encontram espaço para expressar todo o seu talento e amor pelo samba. O desempenho excepcional dos jovens durante os 40 minutos de canto do enredo da Herdeiros do Samba não passou despercebido, impressionando não apenas os espectadores, mas também os colegas de escola e os veteranos do Carnaval.
"O Carnaval é a vida, não tem outras palavras para mim. Pretendo seguir isso pelo resto da vida", afirma com convicção Paulo Henrique, revelando sua determinação em manter viva a tradição familiar e continuar brilhando nos palcos carnavalescos. Seu irmão, Pedro, complementa: "O nosso ano só começa depois do Carnaval", deixando claro o impacto que a festa tem em suas vidas e rotinas.
A ambição dos irmãos não para por aí. Paulo lembra com saudosismo dos títulos conquistados pelos pais em outras escolas de samba, como a Cinderela Tradição, e agora eles almejam trazer o título para a Unidos do Cruzeiro. "Ainda não passamos pela Deixa Falar, mas pretendemos um dia", diz Pedro.
Pedro também compartilha uma memória emocionante de sua entrada triunfal no mundo do samba: "A mãe estava grávida de mim e se preparava para desfilar com um barrigão naquele ano, mas eu nasci no dia 30 de janeiro, e o Carnaval era em 14 de fevereiro. Saí pela escola nos braços da minha mãe, desde então, a vida virou um Carnaval", conclui.
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