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Diversão

Matinê tem celulares furtados, revista de adolescentes e revolta de pai

Viviane Oliveira | 25/05/2014 19:10
Boate em tarde de matinê. (Foto: Marcelo Victor).
Boate em tarde de matinê. (Foto: Marcelo Victor).

O pai de duas adolescentes relata uma situação constrangedora que presenciou na noite de ontem (24), em uma matinê realizada na casa noturna “Cabaret”, que fica na avenida Mato Grosso, em Campo Grande. Após dois furtos de celulares, os seguranças da festa passaram a revistar as bolsas das pessoas que saiam da casa. O episódio causou revolta e indignação, diz o pai.

Na festa, não é permitida a entrada de maiores de idade. Só podem entrar adolescentes de 12 a 17 anos. A matinê foi realizada por uma empresa que locou a boate e se chama “The Choice”. A festa já foi realizada em outras cidades do País. O jornalista João Prestes, que levou e foi buscar as filhas no local, reclama da fila de mais de uma hora para entrar e da lotação, que segundo ele ultrapassou a capacidade da casa.

Mas, o problema apontado por João foi no final da festa, quando alguns pais alegaram que celulares dos filhos haviam sido furtados. Dessa fora, a administração da festa pediu que os seguranças revistasse a bolsa de um grupo que ainda estava no local. “Eles abriam a bolsa, pegavam os celulares e mostravam para os pais, perguntando: não é esse”?

A situação fez com que os adolescentes fossem impedidos de sair do local. “Eles iam liberando de três em três em um corredor apertado e com degraus, mas todos tinham que passar pela segurança da boate”, reclama João Prestes.

Segundo ele, outros pais chegaram a passar mal ao presenciar a situação. “Nem o empregador tem direito de revistar a bolsa dos funcionários, quanto mais em uma boate. Um clube pode fazer isso”?

João disse que está disposto a representar contra os organizadores do evento, contra o clube, tanto pela superlotação quanto pela humilhação da revista e o tumulto na hora da saída.

O delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga, Camila Kettenhuber, explica que nesses casos o melhor a fazer é chamar a Polícia Militar para conduzir a ocorrência. “O direito penal só vai se preocupar se a pessoa não autorizar a revista”, diz.

Segundo Camilo, o boletim de ocorrência pode ser realizado por ameaça ou constrangimento legal, se a pessoa for obrigada a passar pela revista. “Se de alguma forma o pai sentiu que o filho foi lesado, a orientação é para que procure a delegacia”, explica.

O dono do Cabaret, Paulo Chaves, disse que o evento não é da boate e que apenas locou o espaço para uma companhia de festa. Ele rebate as acusações do pai e afirma que a revista foi feita pela comissão organizadora a pedido dos pais. “Essa empresa faz festa no país inteiro”, afirma.

Quanto à superlotação, o empresário admite que a empresa vendeu ingressos a mais, no entanto, a porta da entrada foi lacrada por Paulo quando a casa atingiu o volume que comporta. “Eu estou a disposição para conversar e atender a reivindicação deste pai ou de qualquer outro cliente, assim como sempre fizemos”, destaca.

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