Moitará estreia com arte e espaço para criança ser feliz com pé no chão
Evento teve sua 1ª edição realizada ontem (21) e grupo de amigos almeja fazer o Moitará mensalmente
Em um espaço onde você encontra a paz logo nos primeiros passos dados no jardim, um grupo de amigos e artistas se reuniu na noite de ontem (21), para estrear o evento Moitará – Trocas Culturais, na Mata do Jacinto.
O evento foi intimista, com entrada limitada e uso de máscara obrigatório ainda por conta da pandemia. Mas provou que tem tudo pra ficar, uma vez que arte e sutilezas da vida foram as protagonistas da festa.
O nome “Moitará” é de origem indígena, do Xingu, e significa troca entre aldeias. E tem tudo a ver com o conceito do evento, que foi aprovado pelas famílias e artistas que, há meses, buscavam um respiro e entretenimento.
O bacana é que a troca surgiu ali com experiências de vida, contação de histórias e produtos comercializados 100% regionais. Além de diversão, a ideia é mostrar o talento de produtores locais e a chance de conhecer novos produtos com originalidade.
Uma das organizadoras é a designer Carol Araújo, de 29 anos, que se diz “enlouquecida por cappuccino”. Além de se unir a amigos para criar um novo evento, ela ainda aproveitou para lançar sua marca de capuccino Cafeto CO, que significa a união entre Carol e Afeto. Teve ainda degustação para convidados.
A doula e jornalista Laís Camargo, que sempre participa de movimentos que valorizam a produção local, também esteve presente com seus produtos naturais, marca própria de fraldas ecológicas e coletores menstruais, além de incensos que duram mais de uma hora e deixam qualquer ambiente com aroma inesquecível. “Estava com saudade de um momento como esse”, diz Laís.
O artista Augusto Figlioaggi, de 38 anos, também estava radiante. Junto à família, ele estava na organização e fez parte da contação de histórias. Mas antes da apresentação começar, ele deixou livros em cima de um tapete colorido chamativo para que adultos e crianças pudessem ler e folhear à vontade. O bonito foi ver como um livro acessível pode despertar a curiosidade dos pequenos e ser transformador.
A médica Eloisa Fugimaka, de 36 anos, compareceu ao evento com o filho depois de saber pelas amigas. “Fiquei feliz por ser ao ar livre, intimista e que nos deixa mais segura em tempos de pandemia. Estou gostando muito do formato e torço para que continue”, desejou.
Além da presença dos convidados, teve ainda venda de produtos em macramê, crochê, quitutes portugueses da conhecida “Delícias da Fer”, que tem como carro-chefe o bolinho de bacalhau e o tradicional de Belém, além de pipoca e suco a R$ 1,00, cervejinha gelada e venda de livros.
Mas quem mais se divertiu nesse movimento todo foram as crianças, que puderam ser felizes tirando os sapatos e brincado com pé na areia, na grama ou na calçada.
Alias, os amigos se movimentaram e distribuíram plaquinhas feitas à mão para inspirar os convidados a se desconectarem de padrões e curtirem ali as simplicidades, como dançar à vontade, pisar no chão, dialogar sem se preocupar com wi-fi do lugar ou com a tela do celular 24 horas.
O evento seguiu até às 22h e o agora o grupo de amigos almeja realizar o evento mensalmente. “Se tudo der certo, vamos conseguir”, torce Carol.
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