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Diversão

Na balada, "copão" na kombi salva quem quer aproveitar a noite sem pagar muito

Anny Malagolini | 17/09/2013 06:44
Há 13 anos a Kombi estaciona no mesmo endereço (Foto: João Garrigó)
Há 13 anos a Kombi estaciona no mesmo endereço (Foto: João Garrigó)

O “Tio da Kombi”, em frente ao bar da rua Pajuçara, deixou se ser ponto de passagem e agora tem gente que faz da rua a balada, só por conta do preço da cerveja. São noites à base do "copão".

O casal que atrai os roqueiros do bar Fly, Valdo José dos Santos, de 59 anos e a esposa, Marlene Vicente, 54 anos, garantiu o ponto há 13 anos, desde que o bar mudou de endereço.

Mas além do "copão", de 600 ml, o cachorro-quente da Marlene também ganhou fama e quem passa por ali, no fim da noite, não recusa o lanche, que custa R$ 4,00. "Capricho, como se fosse para mim e a garotada adora", conta Marlene.

Os dois são populares, quem conhece a noite rock in roll da cidade, ou estuda na Anahnguera Uniderp, sabe quem são eles.

Valdo e o famoso "copão" (Foto: João Garrigó)
Valdo e o famoso "copão" (Foto: João Garrigó)

Quem não tem dinheiro para entrar no bar, já se acostumou a ficar pela frente, conversando, e recorrer a Kombi. Se a atração da casa não agrada, não tem problema, a calçada mais uma vez serve para a noite não ser perdida.

“Se eu não vendo, o pessoal sente falta”, conta Valdo, orgulhoso da fama que a kombi ganhou.

Geralmente são três caixas de cerveja, por noite. Um dos clientes cativos é o auxiliar administrativo Giovan Coutinho, de 30 anos. Ele conta que a kombi se tornou uma forma de não se ficar só. “Às vezes a gente chega lá perdido, sem companhia e encontramos conhecidos, ficamos batendo papo”.

De fora, o som pode ser ouvido, então, se a grana falta para entrar na casa noturna, ouvir de longe é uma saída.

“Muita gente passa lá pra ver o que tá rolando e se não curte muito a banda que está tocando, acaba ficando na frente mesmo. Outros vão apenas para sair de casa, beber, mas nem pensam em entrar, independente da banda que estiver tocando. Saem pra ficar lá na frente, é tradição”, afirma Giovan.

O arquiteto Robson Rodrigues Pereira, que também é músico, achou no caminho de casa um ponto e um novo amigo. Vizinho do local, ele conta que parar na kombi é sair sem ter o compromisso com a noite. “A gente para ali, encontra os conhecidos. Já virei cliente, tenho até conta”.

Além da bebida, o cachorro-quente de Marlene atrai  os roqueiros (Foto: João Garrigó)
Além da bebida, o cachorro-quente de Marlene atrai os roqueiros (Foto: João Garrigó)
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