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Diversão

No Parque dos Poderes, casa noturna lota há 20 anos graças ao repertório

Anny Malagolini | 10/06/2014 06:23
Música regional, xote, chamamé, vanerão e bolero são os atrativos do clube.
Música regional, xote, chamamé, vanerão e bolero são os atrativos do clube.

Há 20 anos, o clube fica na rotatória de entrada para o Parque dos Poderes, na avenida Mato Grosso, e se tornou espaço garantido para quem quer dançar a dois. O diferente é que os bailes não são apenas para gente com mais de 50. Nas sextas-feiras, por exemplo, o “Via Park Club” recebe mais 700 pessoas, com idades bem variadas.

Música regional, xote, chamamé, vanerão e bolero têm como principal intérprete o grupo 'Eco do Pantanal'. A festa ganha corpo mesmo por volta da meia-noite, mas o clube abre às 23 horas e tem hora para fechar, às 4 da madrugada.

Lucimar Menezes, de 37 anos, e a amiga Ana Paula, de 38, viraram clientes da casa há pouco tempo. Apesar de elogiar o espaço, um dos poucos que ainda investem no “bailão”, elas reclamam por conta da lotação. “Falta espaço pra todo mundo que quer dançar”, diz Lucimar.

Ao contrário da maioria na balada, a intenção, segundo a solteira Ana Paula, não é procurar a cara metade, e sim, sair para dançar. “Atravessamos a cidade para isso, gostamos de dançar, só quem gosta, entende”.

A vigilante Maria Auxiliadora também encara cruzar a cidade em noites de sexta. Ela conta que costuma encontrar as mesmas pessoas que frequentam clubes como União dos Sargentos. A diferença fica por conta do espaço, que apesar de ser mais apertado que outros clubes, é o point inconstestável. “Todo mundo vem aqui, é tradição”, comenta.

Pista de dança antes do Club abrir. (Foto: Marcelo Victor)
Pista de dança antes do Club abrir. (Foto: Marcelo Victor)

Novo dono - Alvido José Hermann, de 71 anos, vendeu tratores por 38 anos e depois de uma proposta, abandonou a antiga profissão e apostou na vida noturna. Há dez anos comprou o clube e preservou a alma do lugar.

Ele acredita que as noites de sexta deram certo pelo marketing. Ele quis atrair os servidores públicos, principalmente, já que não têm expediente aos sábados. “Ia na Assembleia Legislativa e secretarias levar convites e assim fui ganhando público”, conta.

As mesas e cadeiras de plásticos estão espalhadas por todo o salão. E ao centro, o espaço para dançar. Quem não tem par também não precisa se preocupar, no salão há dois professores de dança que cobram R$ 7,00 por 4 músicas.

Para comer são vendidos porções convencionais, como batatas fritas, a partir de R$ 14,00. Já ingresso custa R$ 16,00.

No sábado, porém, o público não é tão diversificado, e a maioria dos frequentadores são sim da melhor idade. “É um dia mais calmo, diferente de sexta”, esclarece Alvido.

O clube fica na rua Hiroshima, 37, nos altos da Mato Grosso, e funciona só sextas e sábado.s

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