No último fim de semana, famílias curtem Cidade do Natal e dão sugestões
Atração desde 2012, a programação já faz parte das tradições natalinas do campo grandense, o Lado foi até lá conferir o que as pessoas acharam sobre a edição de 2018
Aberta desde de dezembro, a Cidade do Natal já é tradição na programação de fim de ano do Campo Grandense, que aproveitam as noites de verão iluminadas pelas luzes natalinas na companhia da família e amigos para passear e, principalmente fazer muitas fotos na decoração.
O Lado B esteve por lá para conferir a movimentação e conversar com quem aproveitou o fim de semana para se despedir da magia do Natal por mais um ano. A maior parte do público que passeava pelo espaço é formado por famílias inteiras, atraídas pela programação feita para adultos e crianças, apesar das reclamações sobre o número restrito de lixeiras e lugares para sentar, a maioria das pessoas aprovam o que viram e a expectativa já é alta para dezembro deste ano.
Aposentada, Tereza Ferreira, de 68 anos, conta que frequenta a Cidade do Natal com a família desde a primeira edição, para ela a organização e a segurança foram destaque esse ano, mas a decoração comparada aos anos anteriores deixou a desejar, por existir desde 2012, ela esperava que esse ano o espaço estivesse maior, com mais novidades e com mais shows vindos de fora.
Independente do tamanho da decoração, Edson Roberto, de 47 anos e a esposa Delma Lourenço, de 42 anos, elogiam a iniciativa. “Eu estava muito triste com os boatos de que esse ano não teríamos Cidade do Natal, já é uma tradição em família e estávamos tristes com essa possibilidade”, conta Edson, para quem a continuidade da atração é o principal. Com poucas opções gratuitas para a criançada pela capital, Delma só tem uma crítica à Cidade do Natal: o curto período de duração, que poderia acompanhar o período de férias escolares e ir até o fim de janeiro.
Andressa Moraes Silva, de 27 anos, levou o sobrinho de 7 anos para curtir os brinquedos e o desfile de bonecos com os personagens dos desenhos animados favoritos da criançada, sem muita paciência para as fotos, o menino estava mais interessado no pula-pula e na cama elástica instalados na área kids. Andressa sentiu falta de shows e atrações para um público mais adulto, com músicas populares e artistas conhecidos, já que em anos anteriores a organização investiu em bandas e cantores de fora.
Na companhia dos filhos e netos, a cozinheira Sebastiana Sipriana da Silva, de 56 anos, foi à Cidade do Natal pela primeira vez, encantada pelas luzes, ela e a família não tiveram nada do que reclamar, com muitas fotos na decoração, eles prometem voltar nos próximos anos. Para ela, a sugestão é que tenham mais lugares para sentar e também brinquedos para os netos mais velhos que já são adolescentes, grandes demais para o pula-pula, ela acredita que um parque de diversões completaria a promessa de uma “atração para toda a família”.
Além do lazer, a Cidade do Natal é uma forma de complementar a renda para muita gente, como é o caso dona de casa Marina Nascimento, de 59 anos, ela e o marido montam uma arara na calçada, cheia de brinquedos brilhantes em formatos lúdicos que fazem sucesso com a criançada.
A atração é uma oportunidade que o casal aproveita todos os anos e dessa só vez só tem elogios ao espaço e a organização, para ela, a decoração desse ano está ainda mais bonita. Marina conta que o movimento é grande entre o Natal e Ano novo, quando as pessoas ainda não viajaram de férias, mas o grande fluxo de pessoas não causa tumulto pela segurança bem estruturada e também pelo perfil do público, já que o ambiente familiar é mais tranquilo.
A vendedora ambulante não participou do credenciamento realizado pela prefeitura para fazer parte do espaço reservado para comerciantes dentro Cidade do Natal, mas para ela o movimento na entrada e saída de de pessoas é tão bom quanto. Marina relata a dificuldade de anos anteriores em ocupar o espaço, mas diz ter melhorado dessa vez, “A Semadur - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano - não gosta dos ambulantes, e em anos anteriores já nos impediram de trabalhar, mas esse ano eles estão aqui só até às 20h da noite e nós chegamos depois desse horário. Todos os ambulantes aqui são organizados, não causamos problema e tem espaço para todo mundo, nós ganhamos nosso dinheirinho aqui fora sem prejudicar ninguém”, diz.
Elaine Barros de Almeida, 42 anos é segurança particular, depois da jornada do dia, ela complementa a renda vendendo balões coloridos que custam RS 20,00, são sucesso entre as crianças, ela diz valer a pena ficar na calçada da Cidade do Natal principalmente no Natal e no Ano Novo, quando as vendas aumentam. Acompanhando o movimento de perto, ela relata o maior público na virada do ano e relembra o estado dos gramados no dia seguinte, “A festa foi muito bonita, mas isso aqui virou um lixão, cheio de latas, garrafas e restos de comida espalhados por tudo em volta. É um problema que poderia ser resolvido com mais latões de lixo, não só dentro da cidade, porque eles enchem rápido, mas principalmente do lado de fora”, afirma.
A Cidade do Natal encerra as atividades neste domingo (6), com show de Paulo Simões, o desfile de bonecos infantis continua a partir das 20h30m, com personagens como o Capitão América, Minions, Homem de Ferro, Frozen e Toy Story para animar a criançada. O City tour e casa do Papai Noel também funcionarão normalmente de forma gratuíta.