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Diversão

Ousadia de palhaça fez Marilson ter coragem para se jogar com Gabinete

Quinze anos após primeiro encontro, artista conseguiu se reencontrar com sua inspiração

Por Aletheya Alves | 31/05/2024 07:03
Naomi ao lado de Marilson durante oficina. (Foto: Larissa Pulchério)
Naomi ao lado de Marilson durante oficina. (Foto: Larissa Pulchério)

Há 15 anos, Marilson Gabriel assistiu pela primeira vez Ágada Tchainik tomar conta de um teatro inteiro e, desde então, entendeu que era aquilo o que queria para sua vida: ser palhaço.  Nestes últimos dias, depois de todos os anos, o Palhaço Gabinete conseguiu encontrar sua inspiração para renovar, mais uma vez, a coragem de se jogar no ridículo.

Explicando melhor toda a história, Ágada é a palhaça de Naomi Silman, que veio a Campo Grande nesta semana para participar do Pantalhaços e celebrar seus 20 anos de espetáculo. Lá atrás, em 2009, ela conheceu a capital de Mato Grosso do Sul e, sem saber, impulsionou a criação de mais um palhaço campo-grandense.

Marilson, o Palhaço Gabinete, conta que nunca se esqueceu do espetáculo de Naomi, “O Não-Lugar de Ágada Tchainik”. Puxando na memória, ele detalha que sempre gostou de sentar nas primeiras fileiras e, por isso, estava bastante próximo do palco liderado por Ágada.

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Assisti todos espetáculos porque queria participar, ver e eu tinha o despertar artístico porque queria entender o palhaço, esse ser maravilhoso, extravagante, polêmico, doido e ao mesmo tempo cheio de luz e energia boa, relata Marilson.

Na época, ele sabia que a veia artística pulsava, mas ainda não tinha certeza sobre o que iria fazer e se teria energia para seguir o caminho. Mas, ao ver a apresentação de Naomi, entendeu tudo muito melhor.

“Falei “poxa, é isso que eu quero fazer”, depois fiz algumas oficinas, incluindo a dela e aquilo ficou, me marcou”, relata Marilson. Apesar de já ter visto outras apresentações, ele detalha que Ágada o impactou por sua intensidade.

Naomi e Marilson durante apresentação em 2009. (Foto: Arquivo/Espedito Montebranco)
Naomi e Marilson durante apresentação em 2009. (Foto: Arquivo/Espedito Montebranco)

Desde então, criou até mesmo seu próprio solo: “trem de doido - Palhaço Gabinete”. “Eu acredito muito que esse despertar foi totalmente graças a ela, considero ela minha madrinha. E, agora com mais uma edição do Pantalhaços, assisti o espetáculo e conseguimos conversar na oficina”.

Foi depois de todo esse tempo que Marilson conseguiu contar sua história e explica que Naomi se emocionou com o relato. Mostrando, de uma outra forma, a importância de eventos do tipo continuarem ocorrendo.

Espetáculo de Ágada em Campo Grande neste ano. (Foto: Larissa Pulchério)
Espetáculo de Ágada em Campo Grande neste ano. (Foto: Larissa Pulchério)

Na prática, mais do que uma formação qualquer, o evento conseguiu dar coragem para que Marilson seguisse seu sonho e transformasse os desejos internos no palhaço. “Ver tudo isso me jogou para o mundo do palhaço que expõe o seu ridículo e o seu melhor. O que me chamou atenção é que eu sabia muito pouco da palhaçaria feminina e quando vi aquela mulher explodindo no palco me afetou profundamente. No fim das contas, o palco te permite isso, a palhaçaria permite”.

E, indicando que a programação do Pantalhaços 2024 continua, a indicação do artista é que as pessoas aproveitem ao máximo. Isso porque as histórias de inspiração sempre podem se repetir.

Confira a programação completa da Mostra de Palhaços:

Sexta-feira (31 de maio)

  • 9h às 11h - Partitura Física para Palhaçxs - A Descoberta do Corpo Cômico
    Palhaça Maku Fanchulini (Buenos Aires/Argentina)
  • Sala Conceição Ferreira - Centro Cultural José Octávio Guizzo
  • Mesa 2 – O fazer artístico pós-pandemia e nos novos tempos (de inclusão)
  • Centro Cultural José Octávio Guizzo

17h - Kombinando com Cerrado

  • Du Cafundó (Rondonópolis/MT)
  • Teatro Aracy Balabanian

18h - Palhasseata

  • Centro Cultural José Octávio Guizzo

20h - Metro e Meio

  • Palhaça Maku Fanchulini (Buenos Aires/Argentina)
  • Teatro Aracy Balabanian

Sábado (1º de junho)

  • 16h - O Concerto - Palhaçaria para bebês
  • Celeiro das Antas / Zé Regino (Brasília/DF)
  • Sala Rubens Corrêa - Centro Cultural José Octávio Guizzo

18h - O melhor show do Mundo... na minha opinião

  • Palhaço Ritalino (Londrina/PR)
  • Centro Cultural José Octávio Guizzo
  • 20h - Encontro - Cia LaClass Excêntricos (São Paulo /SP)
  • Teatro Aracy Balabanian

Domingo (2 de junho)

  •  16h - Kadulino, O Palhaço Corda Bamba
  • Circo Os Kaco (Taquaruçu/TO)
  • Centro Cultural José Octávio Guizzo

18h - Yo soy Américo

  • Cami Basterra (Rosario/Argentina)
  • Teatro Aracy Balabanian
  • 20h - Encerramento – Cabaré
  • Centro Cultural José Octávio Guizzo

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