Página no Instagram ganha seguidores após divulgar dicionário de MS
Além de expressões cotidianas, muitas das sugestões enviadas para a página resgatam palavras que já foram auge
“Alas”, “eita, pega”, “a porta dormiu aberta”. Quantas expressões como essas te lembram o Mato Grosso do Sul? Na onda de perfis de outros estados, um professor de Educação Física de Campo Grande decidiu difundir o jeito pantaneiro de se comunicar. Com uma ararinha de mascote, a iniciativa está sendo bem aceita e vem ganhando seguidores a cada compartilhamento.
Um professor de 34 anos, que prefere ficar nos bastidores, conta com a ajuda de um amigo, de 32, para abastecer a página. “Eu já tinha visto páginas do Rio de Janeiro e São Paulo e pensei: poxa, nós também temos nosso jeito de falar, muitas coisas criadas por nós e outras que nos apropriamos. Criei a página, mas não sabia que a procura ia ser tão grande”, garante.
Com ajuda de outras páginas famosas na cidade como o Passeando em Campo Grande e Campo Grande Mil Grau, o Dicionário de MS ganhou 1000 seguidores em dois dias e chegou aos 5000 no décimo dia.
Na descrição da página, os administradores pedem sugestões e quase não dão conta de ver todas as mensagens. No entanto, antes de ir para o feed, a publicação sai no stories para que a galera confirme a expressão.
“O pessoal manda muito e logo no início tomamos um toco. Mandaram uma sugestão da cidade de Jardim, que antigos moradores nunca tinham ouvido falar. Erramos. Mas agora já lançamos nos stories, porque se não for real, os seguidores já se manifestam”, conta o professor.
Além de expressões cotidianas, muitas das sugestões enviadas para a página resgatam palavras que já foram auge e, hoje, quase ninguém usa, como mocorongo usado para se referir a uma pessoa boba.
Em meio às frases, ainda sobra espaço para a zoeira. No caso de Campo Grande, a falta do bom dia e da sinalização com a seta entraram na lista.
Há todo um esquema para organizar a página. Os administradores já deixam uma base pronta, assim dá para incluir novas frases pelo celular, mesmo. “O horário de lazer virou momento de abastecer a página”, frisa o criador.
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