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Diversão

Playground abre as portas no domingo e reverte toda a renda para bebê Aninha

Para reverte quadro causado pela ingestão de metônio e pelo sofrimento fetal, família recebe ajuda para a menina

Thaís Pimenta | 17/06/2018 08:00
A mamãe, Genilaine Araújo, a pequena Ana Vitória e o paizão Francisco Alves Neto. (Foto: Acervo Pessoal)
A mamãe, Genilaine Araújo, a pequena Ana Vitória e o paizão Francisco Alves Neto. (Foto: Acervo Pessoal)

Por conta de uma violência obstétrica, a pequena de 11 meses, Ana Vitória, quase perdeu a chance de viver. Foi por sua garra, sua força, pela fé de seus pais, Genilaine Araújo e Francisco Alves Neto, e pela equipe do Hospital Regional de Campo Grande que ela continua lutando, diariamente, para viver.

A mãezona conta que entrou com um processo contra o obstetra e que, por isso, prefere não citar o nome dele. "Entrei em trabalho de parto três vezes e, mesmo perdendo líquido e tendo contração, o médico me mandava pra casa", conta.

Por conta do descaso, a pequenina sobreviveu mais de 24h na bolsa rota da mãe e nasceu em choque por conta disso. "Ela entrou em sofrimento fetal e respirou muito metônio", completa Genilaine. A consequência foi uma internação de mais de 83 dias na UTI Neonatal do Regional e convive até hoje com os problemas que a falta de oxigenação no cérebro lhe causaram: um leve atraso na questão motora, uma traqueostomia e uma gastrotomia. 

"Só agora, aos 11 meses, ela começou a sentar, por exemplo. A traqueo e a gastro nós estamos lutando muito para reverter, porque sabemos que ela tem chance! Tudo é consequência do sofrimento vivido por nós duas na Maternidade Cândido Mariano".

A mãezona e a pequena. (Foto: Acervo Pessoal)
A mãezona e a pequena. (Foto: Acervo Pessoal)

A parte boa dessa história é justamente essa. Ana Vitória tem grandes chances de se desenvolver normalmente, mas isso exige que seus pais dêem atenção exclusiva a ela, e isso inclui largar as ocupações profissionais por determinado período.

"Por mais que a gente tenha passado momentos ruins, Deus tem colocado pessoas pra nos ajudar, então hoje a gente está com uma equipe de profissionais que estão fazendo de tudo pra poder consertar o passado e tem dado resultados", completa a mãe.

Mas como para bancar a equipe é preciso dinheiro, a família tem dado um jeito de se virar, vendendo coisas de casa, joias e até mesmo um dos dois carros que os pais tinham.

Sensiblizados, os amigos e a familiares se uniram para ajudar Aninha e, neste domingo (17), Joisy Nicolatti, dona do playground Divertido's Park, decidiu abrir as portas para o público em geral e reverter toda a renda recebida com a entrada, a R$ 30,00, para os pais de Aninha.

"Eles são amigos nossos, acompanhamos o processo e hoje a gente vê o sofrimento. Aninha ficou com sequelas, por isso demanda de muitos cuidados, então por esse motivo hoje a família tem uma despesa alta com acompanhamento, tratamento, fisioterapia, fono, e estamos ajudando como podemos", diz Joisy.

A mãe disse que soube de surpresa do evento e ficou emocionada. "Ela fez até uma arte de nós duas juntas, muito lindo. Deu nome pro evento, Ação Amigos da Aninha, e isso prova o quanto tem gente boa nesse mundo, querendo ajudar".

Quem quiser participar da tarde de brincadeiras no playground pode pagar para entrar na hora. 14 horas. Além dos brinquedos, o Coral Cante Conosco e a Liga do Bem também estarão no evento. O Divertidos Park - Buffet e Parque Infantil fica na Rua Enock Vieira de Almeida, 194.

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