Preparativos para o Arraial de Santo Antônio estão a todo vapor
Praça do Rádio recebe os últimos preparativos para a tradicional festa que agita a cidade
“É um evento tradicional. Todo mundo espera por isso”, destacou a voluntária Evelyn Araújo Menezes, de 42 anos, do Instituto Manoel Bonifácio, na manhã desta sexta-feira (9), durante os últimos preparativos da 21ª edição do Arraial de Santo Antônio, na Praça do Rádio Clube, em Campo Grande. Serão quatro dias de festa.
A festividade conta com a participação de 21 barracas que irão vender alimentos típicos e bebidas, além de peças de artesanato. No arraial, as barracas começam a funcionar às 16h e às 18h tem início a celebração religiosa. A partir desse horário, ocorrem as apresentações das quadrilhas e dos shows, das 19h às 21h.
A barraca de Evelyn, composta por 15 voluntários, vai vender pamonha, sopa paraguaia, quentão, cachorro-quente e outras comidas típicas. Ela explica que o projeto voltado para a música atende crianças de 6 anos até a fase adulta. “O valor arrecadado será usado para comprar novos instrumentos”, destacou.
Segundo a voluntária, que vai participar pela quinta vez do arraial, a organização espera público maior do que no ano passado. “Está tudo cooperando para receber muitas pessoas. O clima está gostoso e não deve esfriar muito. No ano passado, estava chovendo, o que atrapalhou um pouco”, afirmou. Sobre a festa, Evelyn afirma: “é um trabalheira que só, mas no fim compensa”, contou.
Maria Bethânia Gurgel, titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, disse que são esperadas cerca de 40 mil pessoas durante todo o evento. “A festa começa nesta sexta-feira com a benção da Paróquia Santo Antônio. Além das comidas típicas, vai ter quadrilha e outras atrações. A expectativa é boa e alta. É uma festa tradicional na Capital”, afirmou.
Com barraca de arroz cuiabano, montado na hora, acarajé e quentão, uma das fundadoras da Associação A Fúria do Tigre (Projeto Tocar), Nane Amorim, de 37 anos, contou que o projeto, fundado há 8 anos, está presente na festa desde 2016.
“Como a gente não recebe verbas do governo, esses eventos são incentivos para arrecadar dinheiro e investir no projeto, que está atuando no Jardim Noroeste, no Bairro Coophavila, no Residencial Oliveira e no Lar do Trabalhador”, destacou.
Ela explicou que o projeto envolve crianças, adultos e o público em geral com trabalhos voltados para a música e instrumentos de percussão. “A gente foca mais nas periferias, trabalhando com dependentes químicos, pessoas depressivas, em tratamento de câncer. Já tivemos gente que conseguiu sair das drogas por causa do projeto”, garantiu.
O Arraial de Santo Antônio é aguardado por muitas organizações sociais sem fins lucrativos que vê, neste período, uma oportunidade de levantar renda com a venda de alimentos, bebidas e artesanato durante todos os dias de festa.
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