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Diversão

Temos, pelo menos, cinco razões para você ir assistir à série Jéssica Jones já!

Lyra Libero | 25/11/2015 12:00
A atriz Krysten Ritter (de “Breaking Bad”) vive Jessica Jones na nova série
A atriz Krysten Ritter (de “Breaking Bad”) vive Jessica Jones na nova série

O serviço de filmes Netflix acabou de estrear, no dia 20 de novembro, a mais nova produção em parceria com a Marvel, a ótima série “Jessica Jones”. Muito além do universo padrão de heróis como o Capitão América e Hulk, essa é a segunda série onde o herói se torna mais realista e sombrio. A primeira foi “Demolidor”, que aguarda uma segunda temporada. Ambas as histórias se passam em Hell’s Kitchen, um bairro perigoso e problemático da cidade de Nova York.

“Jessica Jones” promete agitar, e muito, o universo dos heróis. Isso porque, além de ser uma série bem-feita e com boas atuações, sai de vários clichês sobre heroínas. Por isso, La Película lista cinco razões para você parar o que está fazendo e ir ver Jessica Jones já! (atenção para os spoilers abaixo).

Heroína atormentada
Jessica Jones era uma garota como outra qualquer, até sofrer um acidente, perder os pais e acordar de um coma dotada de força extraordinária. Mas longe de idealizar para si um papel como salvadora, ela tem seus próprios conflitos pessoais. Tudo isso tem um agravante que responde pelo nome de Kilgrave, o "Homem-Púpura", um vilão controlador de mentes, que usou Jessica da pior forma possível e do qual ela se libertou. Seus erros do passado a fizeram sentir culpa, que ela usa para tentar proteger as pessoas que ama.

Falando sobre abuso
Kilgrave tem o poder de fazer qualquer pessoa agir conforme a vontade dele. Ele aprisiona Jessica durante um bom tempo, abusando do seu corpo e da sua força física. E isso é dito sem mostrar o abuso de fato, mostra a luta pós-trauma da heroína. Tanto é que, em determinado momento, ela o acusa de estupro. Ele diz que foi por amor. Ela repete: “você me estuprou”. E de forma sucinta, explica que, quando você força alguém a fazer algo contra o seu consentimento, é estupro.

Mulheres fortes
Apesar de ser a heroína da história, Jessica não é a única. Felizmente, a série tem várias mulheres que fogem do estereótipo de mocinha indefesa. A melhor amiga de Jessica, a celebridade Trish, luta krav-magá e sabe se defender sozinha. A advogada de Jessica é uma mulher fria, porém forte e que derruba qualquer pessoa em qualquer tribunal.

Sequências de luta menos sofisticadas
Se em “Demolidor” as lutas são perfeitamente coreografadas, em “Jessica Jones” elas se parecem muito mais com brigas de rua com um resultado mortal. Algumas pessoas podem achar isso um demérito, mas lutas mais realistas aproximam o espectador da série. Ao contrário de Mattew Murdock, Jessica jamais foi treinada. Ela luta com seu instinto e não sobra nenhum inimigo em pé.

Cinema noir
O estilo de cinema noir é muito presente na produção da série em várias pinceladas, por Jessica Jones ganhar a vida como investigadora profissional. O estilo da busca da personagem em suas investigações remete totalmente ao estilo noir, onde o jeito cético e pessimista das personagens dá o tom do enredo. Jessica Jones é uma heroína pessimista que enxerga nas ruas de Hell’s Kitchen todo o potencial do perigo.

Vá ver essa série e descubra uma nova heroína, que agora irá crescer aos olhos dos fãs dos quadrinhos. E parafraseando:“Já acabou, Jéssica?”. Pelo visto, está só começando.

*Daiane “Lyra Libero” é jornalista da Quanta Marketing, e escreve sobre cinema para a Coluna La Película.

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