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Faz Bem!

A dieta do vizinho não serve para você! Para dar certo, é preciso se conhecer.

Aline Araújo | 19/04/2015 08:29
Nutricionista Michelli Dádamo, responsável pelas refeições oferecidas pelo SESC em Campo Grande.
Nutricionista Michelli Dádamo, responsável pelas refeições oferecidas pelo SESC em Campo Grande.

Não adianta querer emagrecer com a receita do vizinho! O conselho é da nutricionista Michelli Dádamo, responsável pelas refeições oferecidas pelo SESC em Campo Grande, que vai contra as dietas malucas, mas não só as extremamente restritivas, como também aquelas que elegem determinados produtos como vilões. Agora, a moda da vez é abominar o glúten e a lactose, por exemplo. o que para ela é um risco.

Ela é do grupo a defender que cada pessoa deve se alimentar de acordo com as suas possibilidades necessidades e vontades. Afirma que dá sim para ter uma alimentação equilibrada, comendo de tudo um pouco e estar em paz com o espelho.

“Se a pessoa não gosta de comer maçã, ela não precisa comer, tem uma vasta lista de alimentos que pode substituir. O que as pessoas precisam entender é que dá para ter uma alimentação saudável e saborosa ao mesmo tempo. Só dá um pouco mais de trabalho”, explica.

Se alguém não come carne, tudo bem, tem uma lista de alimentos para substituir, mas porque é uma opção da pessoa.
Se alguém não come carne, tudo bem, tem uma lista de alimentos para substituir, mas porque é uma opção da pessoa.

O trabalho vem na hora de preparar os próprios alimentos, já que para uma alimentação balanceada, o primeiro passo é reduzir o consumo de produtos industrializados e dar prioridade aos produtos naturais.

“Ter uma alimentação saudável não é comer só vegetal, é saber mesclar um pouco de todos os grupos alimentares e distribuir essas refeições ao longo do dia”, aponta.

Mas o principal é entender cada pessoa. "Se alguém não come carne, tudo bem, tem uma lista de alimentos para substituir, mas porque é uma opção da pessoa".

A nutricionista destaca a importância de escolher alimentos que você goste, que além de nutrir, proporcionam prazer, sempre aliando a qualidade a quantidade correta.

Em alguns casos de doenças como hipertensão ou diabetes, os cuidados devem ser redobrados. Nesses casos, alguns alimentos são cortados por questão de saúde. Mas para pessoas saudáveis o importante é não exagerar nas frituras e doces. “Você pode comer, só não precisa comer todo dia”, avisa.

Agora, a moda da vez é abominar o glúten e a lactose, por exemplo. o que para ela é um risco.
Agora, a moda da vez é abominar o glúten e a lactose, por exemplo. o que para ela é um risco.

O grande problema das dietas da moda está no fato de não poder viver assim para sempre, então ou o organismo grita por socorro na falta de nutrientes ou mais cedo ou mais tarde os quilos perdidos voltam. Porque alimentação é um cuidado diário.

“Se a pessoal escolheu viver sem comer glútem, ou lactose, ok. Mas o ruim é esse terrorismo da alimentação! Não pode comer isso, não pode comer aquilo. A pessoa tem que entender as necessidades dela, e dentro disso fazer opções mais saudáveis”, comenta.

E a internet e o mercado ajudam muito nisso, hoje dá para fazer por exemplo, um bolo de chocolate mais saudável com menos gordura e mesmo assim delicioso. A mudança está na hora de escolher os ingredientes. “Hoje nós temos muito mais opções. O açúcar mesmo, você pode substituir por um mascavo ou demerara”, exemplifica.

Mas algumas dicas servem para todo mundo, desde que o mundo é mundo, e nunca serão substituídas, na avaliação da nutricionista, como:

- Aumentar o consumo de vegetais e frutas.

- Tomar bastante aguá, chás para garantir a hidratação

- Dar preferência a carnes magras

- Dar prefêrencia a alimentos frescos do que industrializados

- Sempre buscar variedades na hora de escolher os alimentos

- Dar preferência a alimentos integrais

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