Câncer ensinou a Daniel que corpo “não é uma máquina”
Produtor cultural fala sobre a importância dos exames de rotina e atenção com o próprio corpo
Em fevereiro de 2020, o produtor cultural Daniel Nahas, de 40 anos, descobriu durante um exame de rotina que estava com câncer na tireoide e precisaria passar por uma cirurgia. Em junho do mesmo ano, ele realizou o procedimento, porém, um tempo depois, teve mais uma surpresa desagradável. Ao Lado B, Daniel quis compartilhar um pouco da sua experiência e chamar a atenção dos jovens para os cuidados com a saúde.
Após a cirurgia em junho, o profissional continuou fazendo acompanhamento médico e ouviu do endocrinologista um novo diagnóstico. “Descobri que o câncer tinha irradiado para os dois lados do pescoço”, conta. Neste ano, Daniel procurou o Hospital de Amor em Barretos (SP), onde foi submetido a uma nova operação.
Há 12 dias, ele fez o esvaziamento cervical, que é o procedimento de remoção dos linfonodos. Daniel comenta sobre esse processo e os próximos passos que deverá seguir. “A cirurgia é bem invasiva, é uma das piores regiões para operar. A recuperação é pesada, o pescoço fica muito inchado e agora, estou sem movimento no ombro. É reversível com a fisioterapia e com o tempo”, relata.
Apesar de estar se recuperando bem, Daniel revela que no começo, não foi fácil lidar com a descoberta da doença e os impactos dela no cotidiano. “Para mim, foi difícil, porque eu sou 100% autônomo e precisei parar com tudo, minha primeira preocupação foi no âmbito do trabalho. É difícil, você tem que saber lidar com esse tipo de situação”, desabafa.
Desde que ficou doente, o produtor cultural teve de perto o apoio dos pais e amigos. “Meus pais que estão me acompanhando, eles pararam para se dedicar, meus amigos também. Uma galera que me conhece viu que estou fora da cena e se comoveu”, garante.
A importância do “check up” - Depois que descobriu o câncer, Daniel quis chamar a atenção dos jovens que costumam negligenciar a própria saúde e bem-estar. Por essa razão, ele comenta que se dispôs a dar a entrevista para o Lado B. “A gente não se liga no que ingere, faz de errado e só vamos atrás do médico quando algo está doendo”, explica.
Há cinco anos, o produtor tem o compromisso de realizar exames de rotina devido ao histórico familiar. “Meus pais são hipertensos”, justifica. Essa precaução, segundo ele, é algo pouco comum entre os jovens e conhecidos. “Eu tenho amigos que só vão atrás do médico quando não aguentam mais. Esse lance da atividade física, exames, é algo que não é tão divulgado. O jovem tem que fazer check up”, frisa.
Daniel faz questão de falar sobre a importância de procurar um profissional da saúde e os benefícios que podem trazer. “Não é que a gente tá indo procurar doença, mas quando descobre no começo, é mais fácil”, conclui.
No dia 30 deste mês, Daniel viaja novamente para São Paulo, onde tem consulta agendada. Posteriormente, ele irá iniciar as sessões de fisioterapia e dar continuidade ao tratamento.
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