Cidade tem duas academias de musculação onde ninguém paga mensalidade

Antes de ser disciplinado na academia, três vezes por semana, o construtor Valdir Cardoso Pereira, de 54 anos, levava uma vida sedentária porque não apostava nos resultados dos exercícios. Há dois meses ele resolveu se mexer e parar de arriscar a própria saúde. Se inscreveu numa academia, que une musculação e ginástica localizada, sem colocar a mão no bolso para pagar mensalidade.

Valdir é um dos alunos da academia pública do Parque Ayrton Senna, em Campo Grande. A cidade oferece duas unidades com aparelhos de musculação, aeróbicos e professores, para sedentários acima do peso a magrinhos interessados em ganhar massa muscular, que existem programas para todos os casos e gostos, mas é necessário cuidado para não provocar uma sobrecarga.

Duas academias para uma cidade com mais de 895 mil habitantes parecem pouco, mas têm feito a diferença na vida de quem não pode pagar ou sabe a importância de utilização do que é público. Para utilizar os serviços completamente gratuitos, os interessados devem realizar o cadastro, nas próprias academias. As vagas são limitadas, portanto, os últimos inscritos entram em uma lista de espera. Para garantir a rotatividade, o projeto permite apenas três faltas.

A musculação, por exemplo, com duração de 60 minutos, limita-se a turmas de 15 alunos as segundas, quartas e sextas, e outras turmas terça e quinta, atendendo até 250 pessoas por mês. Com 12 equipamentos e sala climatizada, a academia funciona das 6h às 10h e das 16h às 20h. Além da musculação, há ainda outras atividades, como funcional acompanhado de profissional especializado.

Começar a fazer exercício foi uma decisão que mudou completamente a vida de Valdir. ”Minha vida melhorou muito. Eu trazia meu filho para fazer basquete e acabei me inscrevendo na academia para fazer duas vezes na semana, agora, treino três. Me ajudou a controlar a pressão alta, aprendi respirar melhor e sou menos estressado”.

Comodidade e economia são fatores que também influenciaram na escolha de uma academia pública. “Além de ser perto da minha casa, tive vários benefícios. Um deles é que eu não passo dos limites, numa academia paga, muitas vezes, você quer se matar de exercitar porque está pagando. Aqui faço uma quantidade essencial para manter a qualidade de vida”, diz.

A recepcionista Gisleine Silvestre, de 37 anos, antes pagava R$ 80,00 para malhar, agora, economiza e mantém a disciplina para não perder o benefício gratuito. “Eu soube por indicação de uma amiga quando estava parada e muito sedentária. Hoje, malho três vezes por semana e levo muito à sério. Consigo dar continuidade aos exercícios”, conta.

Começar a fazer exercício é uma “decisão importante” e “traz benefícios em qualquer fase da vida”, avalia a educadora física Giovanna Aranda, 36 anos.

Para quem aceitar o desafio de sair da zona de conforto e encarar uma atividade físicas, a segunda academia pública de musculação, inaugurada na noite da última segunda-feira (26), no Parque Jacques da Luz, nas Moreninhas, está com inscrições abertas e funcionamento normalmente.

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