ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  24    CAMPO GRANDE 31º

Faz Bem!

Depois de 13 quilos a menos, selfie sem maquiagem e espelho viram rotina

Paula Maciulevicius | 16/07/2015 06:45
Desde setembro do ano passado ela adotou a reeducação alimentar como caminho para voltar a se olhar no espelho. (Foto: Fernando Antunes)
Desde setembro do ano passado ela adotou a reeducação alimentar como caminho para voltar a se olhar no espelho. (Foto: Fernando Antunes)

Da referência de gordinha ao exemplo de quem come bem. Diane de Brito Silva, de 27 anos, saiu do esconderijo das roupas largas e da fuga contínua do espelho, para se encontrar como pessoa depois de um processo que ainda está em andamento. Desde setembro do ano passado ela adotou a reeducação alimentar como caminho para voltar a se olhar no espelho. De lá pra cá foram 13 quilos a menos, mas o que conta mesmo não é nem o peso, e sim a felicidade em escovar os cabelos.

O que antes vivia preso, hoje é solto, caído aos ombros e num brilho que acompanha o sorriso. Auxiliar administrativa, até três anos atrás ela não via grandes problemas em se deparar consigo mesma em frente a imagem refletida. Mas depois do casamento e do nascimento do filho, o relapso foi chegando e trazendo junto alguns quilos a mais.

Do manequim 46 para o 40, Diane nasceu de novo. A descoberta foi através do Projeto Saboneteiras RA que já foi matéria aqui no Lado B. "Comecei em setembro, com 86 quilos. Só que a gente não vê onde está chegando, acaba que só olha no espelho e nem sobe na balança", lembra. O sentimento no início era de receio. O projeto propõe pesagem semanal, todas as quartas-feiras. "É para você ver a mudança", explica Diane.

Selfie hoje sai até sem maquiagem para mostrar a alegria de se ver. (Foto: Arquivo Pessoal)
Selfie hoje sai até sem maquiagem para mostrar a alegria de se ver. (Foto: Arquivo Pessoal)

Nos primeiros meses foram 10 quilos perdidos. E nem assim Diane se dava conta do que estava acontecendo. Em fevereiro deste ano, uma fotomontagem da colega de trabalho, num "antes" e "depois" mostrou a ela e a todos a diferença que o cuidado diário estava fazendo.

"A gente aprende que é um dia após o outro e que a vida é linda demais para gente ficar escondida. Quando você começa a ver a mudança, você olha o mal que tem feito para a sua saúde", conta. Dia desses, em agradecimento às diretoras do projeto, Diane disse que postaria uma foto dela do jeito que estava, mesmo tendo acabado de acordar, o que até o início deste ano seria impossível.

O encontro com o espelho foi numa gincana proposta pelo grupo que Diane participa. "Cada uma tinha que se olhar no espelho e dizer o que tinha mudado. Ali foi um momento de olhar para trás e ver a transformação. Você se olha e vê uma vida diferente. A gordinha, ela pode se arrumar toda pra sair, mas se ela chegar num lugar e só ver gente magra... Ela vai se isolar. E querendo ou não, eu ficava triste", descreve.

No antes, Diane se escondia, no agora, ela quer é aparecer feliz. (Foto: Arquivo Pessoal)
No antes, Diane se escondia, no agora, ela quer é aparecer feliz. (Foto: Arquivo Pessoal)

A tristeza às vezes começava em casa. Era só vestir algo que Diane desistia de sair. Até em fotos, o semblante demonstrava a insatisfação. "Eu não sabia dar o primeiro passo, qual era o meu primeiro passo? Era descobrir a mudança de hábitos na alimentação", afirma hoje.

Diane chegou à obesidade de grau 1, como ela define. Nesta etapa, eram só roupas largas, calças de um número ainda maior e quase nada de maquiagem. "Nesse dia eu estava me corroendo... Me achando feia, eu não usava nem salto", descreve ela ao ver fotos antigas.

Hoje, ainda com 6 quilos a serem perdidos até chegar ao peso ideal, Diane anda maquiada, de cabelos soltos e escovados e de salto. "Você emagrece e seu pé passa a aguentar o corpo. Eu consigo andar no shopping de salto", diz.

Assim como aderir à alimentação saudável, em menor quantidade e mais vezes, é um aprendizado, se olhar no espelho também não deixa de ser. "A gente aprende. Ao se ver, se acha bonita. No dia que me vi e falei o que estava sentindo, o bem que isso me fez... Eu refleti ali, meu sorriso de felicidade é uma coisa inexplicável. Você vê que tem um Diane aqui dentro, um mundo lá fora. A gente acorda, se arruma e diz que está bonita hoje".

Os traços da maquiagem ganharam mais cores e até um batom vermelho. Os vestidos agora são justos, até mais curtos e as roupas largas perderam bem o tamanho. Comprar roupas virou prazer, de entrar na loja encontrar várias opções que sirva.

"Tudo melhora. O cabelo que ficava preso o tempo todo, você começa a se descobrir... Eu faço escova hoje todo dia, são 30 minutos, mas eu faço, meu cabelo está bonito, eu estou bonita. Você se solta, é incrível", descreve.

Quem abre a geladeira ou a bolsa de Diane vai encontrar coisas simples. As trocas maiores foram substituir o pão francês pelo integral. Mas de resto, o almoço por exemplo são duas colheres de arroz, feijão, salada, legumes e carnes. "Você come o que tem na geladeira. Quando a gente começa a comer bem, você tem coisas saudáveis na sua geladeira".

Como do trabalho ela segue para aulas para tirar a carteira de motorista, até o jantar acompanha, numa marmitinha dentro da bolsa. Sabe quando quem foi referência de peso vira exemplo? "Eu era a irmã fofa da igreja. Hoje, quem me conhece pergunta: 'mas o que você fez?'. Pedem ajuda. De chamar de gorda a me pedirem para ensinar a coomer. É gratificante, porque autoestima é tudo. Se você tem, você é feliz".

O Projeto Saboneteiras RA tem uma Fan Page no Facebook, quem quiser acompanhar o pique das meninas, clique aqui.

Curta página do Lado B no Facebook.

"Tudo melhora. O cabelo que ficava preso o tempo todo, você começa a se descobrir..." diz Diane. (Foto: Fernando Antunes)
"Tudo melhora. O cabelo que ficava preso o tempo todo, você começa a se descobrir..." diz Diane. (Foto: Fernando Antunes)
Nos siga no Google Notícias