No frio, os pets também precisam de casaco e vitamina C para fugir da pneumonia
Não é frescura, é necessidade. Os cães e gatos também sentem frio como a gente e precisam se agasalhar. Com a chegada das baixas temperaturas, os pets ficam sujeitos à gripe e doenças respiratórias que, se não forem tratadas adequadamente, podem evoluir até para uma pneumonia. Tanto os que ficam dentro de casa, como os animais maiores, que são criados no quintal, precisam ser mantidos longe do frio e da chuva e de preferência, vestidos.
Os sete yorkshires e os dois gatos de Ecila Zampieri Lima, são encasacados a partir do momento em que o inverno mostra a cara. “No frio, é todo mundo de roupinha e casaquinho em casa”, conta. Além de deixar janelas e portas fechadas, ela toma o maior cuidado para que cada um tenha a própria caminha e uma manta. “Cada um tem o seu cobertorzinho, você compra em pet ou nessas lojas tipo Pernambucas, não mantinhas de nenê”, indica.
O cuidado vale a pena. Entra e sai inverno e nenhum dos animais ficou nem gripado. Claro que se tratando de bichinhos, Ecila lida com a dificuldade dos mais ariscos e que não aceitam casaco de jeito nenhum. É só virar as costas que a gatinha e um dos cachorros, arranca toda a roupa. “Aí eu não deixo sair para fora, é só para fazer as necessidades e voltar correndo”, comenta.
Na rotina deles, a exposição ao sol continua. Nas horas mais quentes do dia, tanto os gatos como os cães deitam na varanda, às vezes de barriga para cima para esquentar. O banho é feito só com água quente em uma sala totalmente fechada para não ter corrente de ar.
A mudança de temperatura desperta neles mais fome. “Os meus, comem mais na época do frio. Acho que é como a gente, precisa de energia, de calor. Deve ser um tipo de defesa, eu entendo isso”, observa.
A veterinária Cristiane Wilhelm, de 25 anos, explica que alguns profissionais realmente indicam acrescentar até 20% a mais de ração na porção diária para poder aumentar a capa de gordura e assim prevenir os pets do frio, mas isso requer cuidados. “É preciso ter atenção para ele não engordar”, ressalta. Tal método não precisa ser colocado em prática quando o animal já tem tendência à obesidade, por exemplo.
Para os animais, a veterinária fala que vale a regra “o que não gostaria que fizessem com você, não faça com os pets”. Cristiane afirma que a roupinha é muito importante para aquecê-los, além das caminhas, principalmente aquelas em forma de 'iglu', que protege do chão gelado e da corrente de vento.
A temperatura normal dos pets é 38,5, 39°C, o que para a gente já seria febre. Mas não quer dizer que os animais não sintam frio. O pelo, que tem a função de isolante térmico pode não ser suficiente. Para os donos, a atenção também deve estar na previsão do tempo. “Eles já devem ir acompanhando a temperatura, se vier frio, não devem tosar”, pontua.
Cães de pelo curto, gatos ou animais já com idade avançada merecem cuidados tais como os idosos. “Na verdade a roupinha não é frescura, filhotes têm problemas de não ter o sistema termorregular já desenvolvido e os idosos é a mesma coisa”, esclarece. Problemas nos ossos ou animais que já sofreram cirurgia e colocada de implantes, podem sofrer dores com a frente fria. “O interessante aí é procurar um veterinário para entrar com a medicação correta”.
Em casa, a gerente administrativa Thaís Diniz Fioreze, de 25 anos, convive com seis cães da Shih-tzu. A cada inverno, começa a saga de deixá-los dentro de casa, em ambiente fechado e devidamente vestidos. "Eu procuro colocar roupinhas porque eles sentem mais frio que a gente", comenta. Nos ambientes, além das cobertas, ela ainda coloca aquecedor para que eles se sintam mais quentinhos. "Eu sempre tive muito cuidado com isso e programo a tosa, para não tosá-los no frio".
Estes são alguns dos cuidados que a veterinária reforça. "Ao tirar as roupinhas, escove o pelo do animal para evitar de criar nós e dermatites que podem proliferar para um fungo; manter as vacinas em dia devido à baixa imunidade no inverno; manter o local arejado, mas sem vento; escolher a hora mais quente do dia para dar banho, usar água morna e secar com secador e estimular banho de sol", explica Cristiane.
Doenças – No inverno, há mais possibilidade dos cachorros adquirirem cinomose, uma doença viral grave e de mortalidade muito alta, segundo a veterinária Cristiane Wilhelm. “Tem também a traqueobronquite infecciosa canina e a tosse canina. Elas precisam de tratamento, mas todas são prevenidas através da vacinação”, esclarece. A transmissão das doenças são por vírus e podem vir por conta da baixa imunidade.
A veterinária fala também que existe a prevenção e que os bichinhos podem tomar vitamina C para reforçar o sistema imunológico. O mesmo pode ser feito também através de homeopatia.