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Faz Bem!

Quem fumava 40 cigarros por dia quer falar de pickleball o tempo todo

Esporte com uma raquete e bolinha perfurada fez com que Nana tomasse a força “final” para deixar o vício

Por Aletheya Alves | 26/09/2024 06:35
Nana conta sobre como foi impulsionada pelo pickleball. (Foto: Paulo Francis)
Nana conta sobre como foi impulsionada pelo pickleball. (Foto: Paulo Francis)

“Faz seis meses que parei de fumar, esse foi o primeiro período assim e, de alguma forma, o esporte mexeu comigo nesse nível”, resume a empresária de 30 anos, Nana Almeida. Após 15 anos de vício, o pickleball, esporte que une uma raquete diferente e uma bolinha perfurada, tomou conta da tatuadora e, sem fumar duas carteiras de cigarro por dia, ela quer falar da modalidade o tempo todo.

O nível de empolgação foi tanto que Nana saiu de Mato Grosso do Sul para se capacitar e ganhar o título de instrutora de pickleball. Hoje, ela reúne uma galera semanalmente para jogar em Campo Grande e mostrar o quanto o esporte tem potencial.

Para quem nunca ouviu falar no esporte, a empresária resume que ele combina elementos do tênis, badminton e tênis de mesa, mas é jogado em uma quadra menor e tem uma rede parecida com a do tênis de quadra.

Contando sobre sua história para explicar a conexão com o pickleball, Nana conta que jogava ping pong e tênis até a adolescência. Conforme o tempo passou e não viu progressão no tênis, resolveu desistir.

No fim das contas, o gosto havia ficado no passado e só depois da pandemia é que resolveu começar o retorno. O impulso nesse momento foi o beach tennis e, já ali, a vontade de parar de fumar começou a se aproximar.

Raquete é diferente e bolinha da modalidade vem com perfurações. (Foto: Paulo Francis)
Raquete é diferente e bolinha da modalidade vem com perfurações. (Foto: Paulo Francis)

“Comecei a observar que eu poderia melhorar minha saúde significativamente. Com o pickleball, eu consegui, de fato, parar de fumar”, diz.

Nana é tatuadora, mas precisou se afastar do estúdio para estudar e alguns tempos ficaram livres. Se sentindo bem com o esporte, resolveu usar os momentos desocupados com a modalidade e, no fim das contas, ele tomou uma proporção ainda maior.

Ela explica que tem dedicado seu ânimo e empolgação com o pickleball, tudo pensando na mudança que gerou consigo mesma.

“Eu fumava muito, em média 40 cigarros por dia, e minha volta ao esporte traz isso, a percepção de que eu precisava ter uma saúde, um sono e uma vida mais saudável. Fico pensando que se me ajudou a parar com o vício, pode ajudar inúmeras outras pessoas".

Hoje, pensando sobre a modalidade, ela destaca sobre como o esporte consegue fazer uma retirada da ansiedade, algo tão comum na vida das pessoas. Para ela, o foco nas regras e a dinâmica no jogo convidam para pensar no agora enquanto se diverte.

Sobre a dinâmica do jogo

Nana explica que o pickleball pode ser jogado individualmente ou em duplas.

“No saque, a bola deve ser lançada por baixo e de forma cruzada, e os pontos só podem ser marcados pelo lado que está sacando. Após o saque, a bola precisa quicar uma vez em cada lado antes de ser rebatida no ar, respeitando a regra dos dois quiques. A área próxima à rede, conhecida como "zona de não-voleio" ou "cozinha", evita que os jogadores dominem essa região, garantindo um jogo mais controlado e acessível para todos os níveis de habilidade”, descreve.

Para a empresária, as regras são bastante simples e intuitivas. Por isso, desde criança até adultos que não estão acostumados com esportes vão dar conta.

Grupo reúne pessoas de idades variadas para conhecer o esporte. (Foto: Arquivo pessoal)
Grupo reúne pessoas de idades variadas para conhecer o esporte. (Foto: Arquivo pessoal)

Outro detalhe importante é que os instrumentos para jogar não são tão caros quanto os de tênis, por exemplo. “As raquetes são pequenas e leves, e a bolinha é perfurada, tipo uma bola de plástico, o que deixa o jogo mais leve e acessível. Além disso, não custa tanto quanto outros esportes, então dá para começar sem gastar muito”.

Integrando o grupo que Nana reuniu, a professora e dentista Iraima Barros Cordeiro, de 57 anos, garante que o esporte é realmente fácil. Consequentemente, para ela, facilita que a vontade exista.

“Como qualquer outro esporte, ele trabalha a saúde física, mental, emocional, a socialização e fatores importantes para o nosso dia a dia”. No seu caso, o gosto veio por já jogar tênis de campo, então toda a ideia facilitou o contato.

Para quem quiser se aproximar, os treinos são regulares e ocorrem em espaços diferentes da cidade. Quem está começando só precisa ter a força de vontade, já que o grupo disponibiliza o básico para os iniciantes.

O perfil nas redes sociais é @pickleballms.

Treinos são abertos para quem quiser conhecer. (Foto: Paulo Francis)
Treinos são abertos para quem quiser conhecer. (Foto: Paulo Francis)

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