Técnica alia laser a jato de ar para acabar com as varizes mais rápido
Menos dolorido e com resultado imediato. O combate às varizes ganhou uma nova aliada, a técnica ClaCs (Cryolaser e Cryo escleroterapia), que combina laser, escleroterapia e jatos de ar gelado na pele. Na prática, se reduz as repetidas agulhadas e se consegue secar os vasinhos bem mais rápido.
Essa modalidade de tratamento exige um maquinário especial, são três aparelhos interligados que cumprem cada etapa para tornar o procedimento eficaz. A técnica é nova e só pode ser aplicada em consultórios e por médicos.
O laser não é invasivo e ainda traz a vantagem de poder tratar as veias tanto nas pernas como na face, assim como qualquer tipo de pele. O tempo de duração da sessão vai de acordo com a quantidade de pontos, mas leva entre 40 e 60 minutos. Ao Lado B, a cirurgiã vascular Maria de Lourdes Quevedo explica que o primeiro passo vem do aparelho "Vein Viewier". "É a realidade aumentada, ele localiza a veia para então o laser ser disparado. Torna as veias muito mais visíveis", afirma.
A olho nu pouco se enxerga quando comparado às veias que aparecem pelo aparelho. Depois da ampliação, é verificada a área de cada vasinho para daí usar o laser. "Ele vai ser disparado onde tem veia e vai direto no pigmento do sangue. O laser vai queimar, esclerosar a veia, mas sem danificar a pele", completa a médica.
Junto do disparo do laser, um outro aparelho aciona jatos de ar gelado para minimizar a dor. A máquina sopra o ar com temperaturas de até – 20ºC sobre a pele provocando uma leve dormência, diminuindo assim a dor e os efeitos colaterais.
Depois dos equipamentos, é aplicada uma injeção de glicose em 30% dos pontos tratados para potencializar a ação da técnica. "O laser causa alterações no fluxo sanguíneo local, deixando mais lento e favorecendo a ação prolongada do medicamento no local. Assim, o tratamento de áreas extensas é mais rápido e efetivo com a combinação das duas técnicas", reforça Maria de Lourdes.
A eficácia da técnica dispensa repetidas sessões e em poucas idas ao consultório, o paciente já vê o resultado do tratamento. "Você pode fazer praticamente tudo de uma vez, as duas pernas, e assim reduz o tempo e de certa forma a dor também", descreve.
A modalidade é indicada para pequenas veias. A cirurgiã enfatiza que o equipamento emite pulsos de luz que penetram no corpo e são absorvidos 30 vezes mais pelo sangue que pelo tecido cutâneo, ou seja, não causa danos à pele. O paciente sai do consultório apenas com pequenos esparagrapos nos pontos onde foi injetada a glicose. Os cuidados posteriores são orientados pelos médicos, mas não há restrição maior do que um período sem expor à área ao sol. Depois do tratamento pode-se voltar às atividades normais.
A médica explica que o valor do tratamento não é muito mais caro do que a aplicação convencional, feita através de injeções, porque elas precisam ser feitas uma vez na semana ou a cada 15 dias.
O cálculo de cada sessão é feito a partir do número de impulsos, ou seja, dos disparos do laser.