Técnica com aplicação de ácido promete devolver "maçãs" ao rosto por até 2 anos
Imagina uma almofada, ela tem uma capa e tem o recheio, que é a espuma. O volume seria a espuma, a capa seria o botox, o peeling, ou o laser. A revolumerização é repor o volume. Usando o exemplo de uma almofada, pedimos à dermatologista Thaís Sakuma que explicasse sobre uma técnica que repõe o volume do rosto perdido no decorrer dos anos.
Nesta semana o Faz Bem fala “revolumerização”, procedimento que preenche, através da aplicação de ácido, a gordura ou o osso que se perdem com o passar dos anos. Envelhecer não está só nas rugas, o rosto pode perder volume nas têmporas, mas em compensação 'ganhar' embaixo, na linha do queixo. É como se na juventude o rosto fosse um triângulo invertido, com volume na testa, bochechas e nariz, que mais tarde voltam ao formato normal, se tornando mais volumoso embaixo.
Além do envelhecimento, outras duas situações podem apresentar a perda de volume no rosto, atletas, maratonistas ou quem emagrece muito e num terceiro caso, pacientes que nunca tiveram pela questão constitucional do corpo mesmo. “A técnica dá um contorno que não tinha, às vezes ele tem uma lábio muito fino, um nariz, uma testa funda. E se repõe a gordura do rosto”, explica a dermatologista.
No espelho, segundo a dermatologista, a maioria das pessoas gostariam de melhorar, mas não sabem ao certo o quê e nem por onde começar. “Pode ter paciente jovem com olho fundo, que tem sombra. Você percebe que onde incide luz, causa sombra e a técnica elimina essas sombras”, complementa.
A perda de volume e a aplicação do ácido está mais relacionado às têmporas, ao contorno da mandíbula, na região abaixo dos olhos, ao redor do nariz e dos lábios. “Tem muita gente que tem medo, as pessoas acham que vão ficar estranhas, hiper corrigidas. O meu conceito é você ficar bem para a sua idade. O procedimento não transforma você em outra pessoa”, deixa claro.
A aplicação da técnica é simples, não envolve uma ida ao hospital e nem várias sessões até chegar ao resultado esperado. De repouso? Nenhum. O paciente não necessita de tempo para se recuperar e pode sair do consultório direto para as atividades. “Na primeira consulta a gente vê as áreas que precisam ser preenchidas e, de comum acordo com paciente, marca o procedimento que é feito com anestesia local, no consultório e dói muito pouco”, diz Thaís.
De acordo com a dermatologista, são vários tipos de preenchimento, mas o que ela tem adotado é o de ácido hialurônico, o mesmo que se tem nas articulações da própria pele. “É um componente do organismo e risco de reação alérgica é menor”, detalha.
A aplicação é feita com uma agulha ou microcânula. Terminado o procedimento, Thaís descreve que o paciente deve voltar em uma semana para uma revisão. O tratamento pode durar de um até dois anos, dependendo do produto utilizado, da marca e da localização do preenchimento.
A necessidade de revolumerização pode aparecer a partir dos 40 anos. O caso não depende de cremes para a prevenção. “Se deve evitar exposição solar excessiva, boa alimentação, dormir bem. Essa parte de volume, não é relacionado ao creme, muito dessa parte é também um pouco genético”, ressalta.
O alerta que a especialista faz é de procurar um profissional da área médica. “Para ter resultado seguro e eficaz”.
O Lado B apurou que o procedimento pode custar a partir de R$ 1 mil, dependendo da área e do produto utilizado.