Treino de condicionamento da SWAT vira moda e já tem grupo "pantaneiro"
Seis meses atrás, a estudante de Direito Janaine Vieira Guilherme, de 20 anos, buscava alguma atividade física que fugisse da rotina da musculação. Foi quando um professor da academia em que malhava comentou sobre o CrossFit. Bastou uma aula experimental para que a acadêmica ficasse apaixonada pela modalidade que conquistou adeptos em todo canto, inclusive, em Campo Grande.
“Eu adoro. Cada dia é um treino diferente. Você melhora em absolutamente tudo, vai mudando hábitos alimentares e seu condicionamento físico evolui muito. Eu amo, e dá muito resultado em pouco tempo porque é bem intenso”, disse a jovem.
O depoimento é motivador, mas, para quem leva uma vida sedentária, não é muito animador ler sobre o sistema que, no site oficial, é anunciado como um “programa de treinamento de força e condicionamento físico usado em muitas academias de polícia, grupos de operações táticas”, como a SWAT, nos Estados Unidos.
A primeira impressão é de que o treino é “de matar”. E, na verdade, é quase isso. Janaine não nega. “No primeiro dia cansei muito, fiquei bem dolorida, e percebi que por mais que tivesse feito musculação há 3 anos não tinha resistência nenhuma. Com o tempo continua difícil, mas seu corpo fica muito mais preparado”, relata.
Couting de CrossFit na Capital, Ricardo Trauer Tajes, 25 anos, explica que a a modalidade nasceu de três esportes: do levantamento de peso olímpico, que lida com cargas externas, da ginástica, que trabalha com o peso do próprio corpo, e do atletismo, focado nas corridas.
É um programa que trabalha com condicionamento físico geral e em cima de todas as capacidades físicas do ser humano: resistência cardio-respiratória e muscular, força, flexibilidade, potência, velocidade, coordenação, agilidade, equilíbrio e precisão.
Treinamento - Mas, na prática, como funciona? Sócio de Ricardo no "CrossFit Pantaneiros", o único, de acordo com ele, credenciado na cidade, Alex Sandro Acco, 37 anos, conta que o fundamento principal da atividade são os movimentos funcionais.
O treino, que dura, em média, uma hora, é dividido, em três partes: aquecimento, aplicação de técnicas e o wod (workout of the day), ou exercício do dia, que leva de 4 a 20 minutos, no máximo.
Um exemplo? Correr duas voltas na quadra, fazer 30 flexões e 40 agachamentos. Repetir tudo três vezes. “Não é tão simples porque são movimentos mais eficientes, diferentes dos praticados nas academias convencionais”, avisa.
“É o sistema de treino mais completo que tem”, garante Ricardo. A principal diferença está na forma de se exercitar que, segundo ele, não isola a musculatura, porque mexe com o corpo inteiro.
Mas, para que isso ocorra, é preciso disposição e, claro, muita força de vontade. Fora a “missão” do dia, as aulas incluem abdominais, saltos de corda, poli-chinelos, barra, corrida com peso e por aí vai.
A vantagem, explicam, é que, enquanto nos treinamentos convencionais, nas academias, por exemplo, o aluno se dedica a ser “especialista em uma capacidade física”, o CrossFit prepara a pessoa para realizar qualquer atividade. “Temos exemplos de alunos que nunca correram e agora estão correndo e tendo resultados bem bacanas”, comenta Alex.
O melhor de tudo isso, para quem pretende perder peso, é o gasto calórico, que, segundo o Couting pode chegar a 1,2 mil por treino.
Serviço - Gostou da ideia? O CrossFit Pantaneiros oferece aulas experimentais às segundas e sextas-feiras, às 8h, 18h e 20h. É necessário agendar horário pelo telefone 9257 2979 (Alex).
A mensalidade custa R$ 250,00, mas no plano de 4 meses o valor cai para R$ 200,00. As aulas acontecem de segunda à sexta-feira, às 7h, 8h, 16h, 17h, 18h, 19h, 20h e 21h. O box fica na Avenida Rachid Neder, 721, duas quadras abaixo da Rua Arthur Jorge, no bairro São Francisco, em Campo Grande. Outras informações podem ser obtidas pelo site oficial do programa ou na Fan Page do Pantaneiros.