Yogaline reproduz movimentos conhecidos do Yoga em cima de fita
Imagine só a cena: a 60 centímetros do chão, sentada apenas em uma fita fina de nylon, de 5 centímetros de largura, uma pessoa reproduz movimentos conhecidos do Yoga. Para não cair, mesmo se retorcendo de tudo quanto é jeito, é preciso, além de concentração e força física, muito, mas muito equilíbrio.
O exercício curioso, batizado de “Yogaline”, é apenas uma das quatro vertentes do Slackline, esporte que nasceu na década de 80, no Canadá, da necessidade de alpinistas, e que conquistou os atletas em 2010, se popularizando, inclusive no Brasil, a partir de 2011.
Em Campo Grande, o grupo “Adrenaline Slackers”, que existe desde 2012 e é composto por cerca de 50 pessoas, pratica a modalidade. Neste domingo (3), a partir das 15h, a turma que já tem experiência vai ministrar oficinas a novos interessados. É o 2º Slackday, que acontece no Parque das Nações Indígenas.
Quem não tem qualquer contato com a prática começa, geralmente, pelo Yogaline, explica o presidente da Federação Sul-Mato-Grossense de Slackline, Juliano Maggio, de 24 anos.
Essa primeira vertente, afirma, costuma atrair mais mulheres porque, nas palavras dele, “é a parte zen do esporte”, já que só trabalha mais o equilíbrio e a concentração na hora de reproduzir movimentos do Yoga, como cruzar as pernas ou se apoiar apenas em um membro nas chamadas “manobras estáticas”.
Nas outras três vertentes isso praticamente não existe, já que o desafio é caminhar e até fazer movimentos a vários metros do chão. Pela ordem, a segunda é a “Trickline”, onde a fita de nylon é amarrada em dois pontos fixos e a uma altura superior a um metro e meio.
A terceira é a longline que, como o nome sugere, tem um distância de percurso maior, superior a 20 metros. A fita tem largura menor: 2,5 cm. “É mais difícil”, comenta. A última, a highline, a vertente mais avançada da categoria, exige que o praticante se equilibre em uma fita da mesma largura, mas a mais de 15 metros do chão.
O Slackline, diz o presidente, é um esporte de competição. O atual campeão mundial é, segundo ele, brasileiro. Tem quem pratique com esse propósito. Outros, no entanto, só querem uma atividade prazerosa e essa, garante, costuma agradar.
E há muitas vantagens: “Trabalha o corpo e a mente. Melhora o condicionamento físico, coordenação motora, concentração, foco, persistência. Exige muito do corpo. É como se você tivesse feito um dia de academia porque sente”, compara.
Quem quiser experimentar, é só procurar o grupo neste domingo, das 15h às 17h30, no Parque das Nações Indígenas, em frente ao pier do lago. Para saber mais, clique aqui.