Com saudosimos e curiosidade, Fatal Fury chega ao Nintendo Switch
Logo de cara um lançamento com nome “Fatal Fury” traz um impacto de saudosismo e curiosidade. Franquia aclamada pelos jogadores de jogos de luta que curtem a SNK e o sistema Neo Geo.
Fatal Fury: First Contact chegou ao Nintendo Switch neste mês de dezembro. O jogo de Neo Geo Pocket Color foi lançado originalmente em 1999 para o portátil da SNK e agora chega ao console atual da Big N, dentro da série Neo Geo Pocket Selection, que traz e trará, vários clássicos desse querido portátil.
Sem muitas delongas, vamos ao que interessa: o jogo.
Como os principais jogos da série Fatal Fury, First Contact segue o fluído combate dos jogos por round. Mas não tão fluído assim. Explico: embora traga uma boa velocidade de jogo, boas opções e tudo mais que um bom título do gênero deve oferecer, o jogo tem uma leve pegada de 8bits, com animações de poucos quadros e muitas vezes os controles respondem lentamente ao comando dado. É ruim? Não! Mas é notável, principalmente nos golpes aéreos.
O jogo é divertido e consegue ser completo mesmo com apenas dois botões de ação, o A e B do original Neo Geo Pocket Color. Traz diversos golpes especiais e a limitação de botões só deixa o jogo mais simples e mais “portátil”. Aliás, ótimo jogo para se jogar no modo portátil e casual. A mecânica de combos é boa e fácil de executar, deixando o jogo bem divertido. As musicas e efeitos sonoros são simples e repetitivos mas também não comprometem o conjunto.
Uma das coisas que mais se destacam no título são os gráficos, simples, mas bem desenvolvidos. É bem interessante ver e jogar com os personagens clássicos da série em sprites “fofinhos”. Os fundos, embora estáticos, são bem feitos e separados da ação principal, o que deixa o jogador bem focado na ação. E isso é bom principalmente para um título portátil, já que muitas vezes são jogados em ambientes que concorrem com o jogo na atenção do jogador.
A emulação é boa e permite configurações de telas e a famosa simulação de console Neo Geo Pocket Color, já característico dessa série Selection, onde o jogador pode escolher o modelo de portátil que quer visualizar em tela enquanto o jogo roda em sua telinha virtual, tipo uma skin.
Dentre as opções trazidas pelo sistema de emulação estão escolhas gráficas de vídeo, como scanlines, zoom de tela e mudança da skin (modelo de Neo Geo Pocket), além de trazer o manual do jogo para poder consultar e ler ali mesmo.
O jogo é bom para um portátil dos anos noventa, mas não se compara aos jogos clássicos da série para arcade ou mesmo jogos lançados recentemente. Então, qual o público alvo? Fãs da série e de jogos retrô tem uma boa opção de jogo para curtir de forma bem casual, mas agradaria outros jogadores? Só o tempo dirá.
* Análise feita com código cedido pela distribuidora
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