Após 2 anos de pesquisa, Priscila lança cartilha do queijo caipira
Nutricionista e engenheira de alimentos, a sul-mato-grossense compilou material sobre o que há de melhor em queijos artesanais
Mato Grosso do Sul agora conta uma cartilha voltada especialmente para os produtores de queijos artesanais. Lançada há poucos dias, a cartilha foi concebida pela nutricionista e engenheira de alimentos Priscila do Carmo Lazzarotto, que faz parte do grupo de pesquisa que estuda queijos artesanais do Brasil, o FoRC-USP (Centro de Pesquisa em Alimentos da Universidade de São Paulo).
“Está é a primeira cartilha voltada para o produtor de queijo artesanal do estado, o chamado queijo caipira de leite cru, sendo esta de fácil entendimento para que os produtores tenham como base na elaboração de suas queijarias, atendendo principalmente os parâmetros sanitários do rebanho, da saúde do produtor e aos padrões de qualidades para o consumidor”, explica Priscila.
A cartilha pretende instruir o produtor em como conseguir crédito com juros baixos para a montagem de sua queijaria, como conseguir o apoio do Senai para a certificação da qualidade do rebanho e os cuidados na manipulação do produto para que se tenha um queijo artesanal de qualidade.
Priscila conta que a cartilha foi necessária por conta da quantidade de produtores em Mato Grosso do Sul. O estudo identificou 44 deles em cidades localizadas na região central, norte e leste do estado.
“Os produtores identificados têm a faixa etária de 36 a 55 anos onde suas propriedades tem de 5 a 50 hectares, produzem queijo artesanal, chamado popularmente como caipira por mais de 20 anos e 35 % dos produtores vendem diretamente para as bancas do Mercadão Municipal de Campo Grande- MS, sendo esta a única renda para manter sua família”.
A cartilha também afirma que para ser considerado um queijo artesanal caipira de boa qualidade, o queijo tem que conter algumas características como: mão de obra familiar, não permitindo a produção em alta escala, nem a pasteurização do leite, a valorização da identidade sociocultural do estado e a atividade de produção ser fonte de renda para pequenos produtores.
A cartilha foi fruto de dois anos de trabalho de Priscila, que comemora o avanço para os produtores. “Fui uma honra poder contribuir com está história do queijo caipira e da valorização de nossas origens”.
Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.