Ateliê de comida artesanal serve de balotine de frango a petisco de dobradinha
No bairro Amambai, a uma quadra da igreja Perpétuo Socorro, um ateliê oferece comida artesanal com toque gourmet e com sabores típicos de vários países. Focado na gastronomia universal, o Sabor e Prazer, aberto há 3 anos, faz de balotine de frango, prato francês, a petisco de dobradinha, comida de cheiro forte, feita com bucho bovino, e muito consumida no nordeste do Brasil.
Tem, ainda, doces de diversos tipos, à base de chocolate, como os bombons finos, e algumas delícias regionais já conhecidas, mas com um "toque" diferenciado. A sopa paraguaia pode vir com cobertura de provolone, gorgonzola e tomate seco.
A chipa vem com uma quantidade superior de queijo, é recheada com catupiry “verdadeiro” e pode levar gorgonzola, o típico romeu e julieta (queijo e goiabada), o provolone ou o tomate seco.
São várias opções, mas o balotine tem ganhado destaque. O nome é diferente, mas o prato é, na verdade, um frango recheado e cortado em forma de rocambole. A diferença é que, com a técnica certa de corte, todos os ossos da ave são retirados e sobra apenas a carne.
No Sabor e Prazer, uma das versões recebe recheio de filé de frango moído, azeitona, nozes, castanha de caju, damasco azedo e ervas finas. Tem a versão em petisco. Se for assado, recebe o nome original. Cozido é conhecido como galotine. A regra vale para os pratos no tamanho certo.
O ateliê fabrica de tudo um pouco: pães, salgados, sobremesas, sorvetes, massas, bolos e tortas, bombons e brigadeiros.
Na lista tem quibe recheado com queijo cotage ou coalhada seca, costelinha suína ao molho barbecue, arroz marroquino, lagarto com farofa, pernil ao molho, torta de mousse de frutas vermelhas, torta de limão com merengue suíço, brigadeiro duo (com chocolate branco e tradicional) e bombons finos (brigadeiro, beijo, ameixa, café a amarula, entre outros).
Paixão que vem de berço - O espaço é comandado pelo analista de sistemas Ricardo Isnard, de 57 anos, a esposa dele e uma filha. Ele resolveu mexer com comida depois que se aposentou. Isnard não tem formação acadêmica na área, nunca fez curso específico de gastronomia, mas sempre gostou de cozinhar. Herdou o ofício da mãe que, pelo relato dele, era professora de arte culinária.
“Tenho grandes amigos que são chefes de cozinha e eles sempre diziam que eu deveria assumir a área. Devagarzinho fomos assumindo, eu minha esposa e minha filha”, conta. O Sabor e Prazer funciona, por enquanto, na própria casa do analista. Foi criado, afirma, para vender comida universal, baseada no conceito da gastronomia artesanal.
“A não ser que seja impossível, todos os produtos que utilizamos procuramos desenvolver aqui, como molho de tomate, o queijo cotage... Nossa intenção é evitar ao máximo a química. Cozinhamos para pessoas 'normais', mas estamos iniciando uma linha para diabéticos e celíacos”.
Como faz de tudo na cozinha, Ricardo afirma que assume qualquer área da gastronomia universal. “Se você desejar comida chinesa, sobá, por exemplo, nós fazemos. No ateliê, o cliente encontra alguns pratos congelados, como petisco de dobradinha, com bucho cortado em cubos, mocotó bovino e molho ao sugo. É só aquecer e consumir.
Ele atende em domicílio, entrega em casa, mas se o cliente quiser, pode retirar o pedido no próprio ateliê. Encomendas devem ser feitas com 24 horas de antecedência pelo telefone (67) 3026-3985.
Serviço - O Sabor e Prazer fica na rua Alexandre Fará (entre a Avenida Afonso Pena e a rua 26 de Agosto, a duas quadras da igreja Perpétuo Socorro), 188, no bairro Amabai, em Campo Grande. O atendimento é de segunda a sábado, das 9h às 18h.