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Sabor

Casal faz molho “queima goela” e desafia com força os fãs de pimenta

Em casa, Flávio e Lorita cultivam a segunda pimenta mais forte do mundo

Jéssica Fernandes | 26/01/2022 06:35
Flávio e Lorita na plantação enorme de pimenta que dizem ser forte. (Foto: Arquivo Pessoal)
Flávio e Lorita na plantação enorme de pimenta que dizem ser forte. (Foto: Arquivo Pessoal)

O nome já antecipa qual será a sensação que uma pitada do molho de pimenta irá proporcionar para o corajoso ou corajosa que experimentar. Apelidado de “queima guela” (sim, com U no lugar do O), o frasco do molho artesanal é produzido pelo casal Flávio Carlos Corrêa, 42 anos, e Norita Freitas, 36 anos. O ingrediente principal é a Trinidad Moruga Scorpion, considerada a segunda pimenta mais picante do mundo.

Consultor agrícola há 17 anos, Flávio é apaixonado por pimenta e recentemente decidiu investir na própria plantação. Na propriedade que possui em Campo Grande, ele desenvolveu no mês de setembro, o primeiro cultivo da Trinidad Moruga Scorpion. “Eu sempre tive vontade de fazer alguma coisa, abrir verdurão, mas  optei por trabalhar só com pimentas fortes. Hoje, trabalho com a scorpion amarela, vermelha e chocolate”, explica.

Enquanto ele cuida da safra, Norita é a responsável por produzir os molhos caseiros. Curtidas no azeite e no vinagre, as três variações da pimenta se transformam no líquido “queima guela”, que desafia o paladar de qualquer pessoa. Para complementar o sabor, o casal decidiu misturar pequi e criar mais uma versão do molho artesanal.

Molhos artesanais são comercializados em frascos de vidro e plástico. (Foto: Arquivo Pessoal)
Molhos artesanais são comercializados em frascos de vidro e plástico. (Foto: Arquivo Pessoal)

Os amigos foram os primeiros a experimentar a novidade e viraram clientes. Conforme Flávio, a ardência da pimenta acaba surpreendendo aqueles que estão acostumados com a ardência de outras espécies. “Sempre aparece alguém falando que é pimenteiro, mas pede arrego com essa, é muito forte”, garante.

Apesar do comentário, o consultor ressalta que o segredo é provar e colocar somente uma pitada do molho, seja na comida ou no lanche. A dica é fruto da própria experiência do amante de pimentas. “Não é um absurdo, tem um sabor muito bom”, enfatiza.

Utilizando a primeira safra da scorpion, por hora, Flávio comercializa os molhos artesanais em pequena escala. Sem loja física, a propaganda é feita boca a boca e é ele quem realiza as entregas na cidade. Ao Lado B, Flávio revelou que o preço varia entre R$ 10 a R$ 20, porém alguns vidros especiais já saíram a R$ 80.

Trinidad Moruga Scorpion na versão amarela, na plantação do casal. (Foto: Arquivo Pessoal)
Trinidad Moruga Scorpion na versão amarela, na plantação do casal. (Foto: Arquivo Pessoal)

Por ser muito fã de pimenta, o consultor planeja iniciar, em breve, a plantação de mais uma espécie. Dessa vez, a escolhida é a Carolina Reaper, que atualmente detém o título da pimenta mais picante do mundo. Além desse próximo passo, ele está otimista em fazer os molhos artesanais chegarem às prateleiras dos mercados. Enquanto isso não acontece, interessados podem entrar em contato no (67) 9.9892-8572 para adquirir o produto.

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