Famílias cobram avanços e Incra promete intermediação para evitar protestos
O Incra se reuniu com cerca de 100 famílias para esclarecer o processo da reforma agrária no Estado
Na tarde de ontem, após mais uma manifestação de trabalhadores sem-terra em Mato Grosso do Sul, a Superintendência Regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) se reuniu com cerca de 100 famílias organizadas nas Ligas Camponesas e Urbanas do Brasil para pedir tempo, falando do que acredita ser avanços na reforma agrária em Mato Grosso do Sul, para tentar impedir novas manifestações no Estado. Durante o encontro, foi firmado um acordo para solicitação de imóveis rurais que resolvam a reivindicação do grupo.
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Nesta semana, o Incra se reuniu com cerca de 100 famílias das Ligas Camponesas e Urbanas do Brasil para discutir a reforma agrária em Mato Grosso do Sul. Foi firmado um acordo para solicitar imóveis rurais para assentamento. O Incra, com apoio do deputado Vander Loubet, buscará viabilizar a aquisição de terras junto a órgãos federais. As famílias foram informadas sobre áreas sob posse do Incra e locais com trabalho análogo à escravidão. Demandas por segurança, alimentação e educação foram apresentadas, e o Incra se comprometeu a intermediar ações para atender essas necessidades.
O superintendente do Incra em MS, Paulo Roberto da Silva, não quis dar detalhes, mas enviou nota oficial dizendo que todos os superintendentes do órgão e representantes do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) irão solicitar ao presidente do Incra, ao ministro do MDA, ao Ministério da Fazenda, à PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e ao Banco do Brasil a viabilização de verba para assentamento das famílias.
Segundo o Incra, a manifestação popular foi pacífica e teve como objetivo cobrar informações sobre o andamento dos processos de reforma agrária. Em nota, as entidades relataram que foram apresentadas demandas relacionadas à reforma agrária.
As famílias também foram informadas sobre áreas já sob posse do Incra e sobre imóveis onde foram identificadas situações de trabalho análogo à escravidão. No entanto, o instituto não forneceu mais detalhes sobre essas áreas.
Também foi garantido que será intermediado, junto aos órgãos competentes, ações para garantir a segurança das famílias acampadas, além da disponibilização de fomento produtivo em acampamentos com potencial agrícola e do pedido de cestas básicas ao MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome).
As entidades afirmaram que todos os pontos de pauta foram abordados e que as superintendências seguirão a orientação do governo federal de dialogar com os trabalhadores e acolher as reivindicações.
Como forma de agilizar os processos, o Incra também reclamou da falta de condições dentro do órgão. Por isso foi discutida a necessidade de reajuste salarial para servidores do Incra e a realização de concurso público para recomposição do quadro de pessoal.
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