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Lado Rural

MS terá plantio de soja em 4,2 milhões de hectares

Dados foram divulgados durante a tarde desta sexta-feira (15), data que encerra o vazio sanitário

Por Gustavo Bonotto e Alison Silva | 15/09/2023 21:13
Campo de soja no interior de Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo)
Campo de soja no interior de Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo)

A Aprosoja (Associação de Produtores de Soja em Mato Grosso do Sul) lançou a estimativa da safra de soja para 2023 e 2024 nesta sexta-feira (15), data que encerra o período de vazio sanitário em todo o país. De acordo com os dados, apresentados na sede da Famasul, as sementes serão plantadas em 4,2 milhões de hectares, com produção de 13,8 milhões de toneladas. No entanto, a produtividade sofrerá redução de 7,92%.

Segundo o presidente da associação, André Dobahi, a queda é justificada pela estiagem no estado. "Apesar disso, a alta probabilidade da ocorrência do fenômeno El Niño indica um aumento no volume das chuvas. Caso isso ocorra entre os meses de janeiro e fevereiro, período de maior demanda hídrica da cultura, o produtor sul-mato-grossense pode esperar uma safra de grandes resultados", disse.

Sobre o custo de produção, a associação informou que nesta safra, o custo por hectare apresentou redução de 10%, saindo de R$ 6.860,08 no ciclo anterior para R$ 6.170,61 em 2023. Contudo, o custo da saca por hectare passou de 42,88 para 51,42, incremento de 20%, justificado pela queda do preço médio da saca, que saiu de 180,00 para 120,00/sc.

O destaque deste ano é realização do custo de produção com a utilização de produtos biológicos. No total, o valor ficou em R$ 6.212,16, equivalente a 51,77 sacas por hectare, menos de 1% acima do custo tradicional.

Dobashi e Beretta durante a apresentação dos dados. (Foto: Geliel Oliveira)
Dobashi e Beretta durante a apresentação dos dados. (Foto: Geliel Oliveira)

Dobashi ressaltou que a utilização de biológicos tem ganhado espaço em Mato Grosso do Sul. “Muitos produtores estão iniciando a incorporação em áreas menores, até que comprovem a eficácia. E para a associação, é fundamental que o uso de ferramentas sustentáveis seja incentivado. Por isso, resolvemos incluir o custo dos insumos biológicos a partir desta safra”.

"Nós da secretaria sentimos esse movimento da agricultura há muitos anos. O aumento só confirma o que já sentimos a muitos anos, assim como a profissionalização e preparação do produtor, que está pronto para todos os cenários. Sabemos do investimento e da tecnologia usada, e contamos que todo esse sistema de sustentabilidade recupera os investimentos", disse Rogério Beretta, secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável.

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