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Lado Rural

Termina dia 10 de janeiro prazo para registro da área plantada com soja em MS

O produtor que não realizá-lo dentro do prazo poderá sofrer penalidades

José Roberto dos Santos | 05/01/2022 11:23
Plantação de soja em Mato Grosso do Sul; cultura enfrenta estiagem e perdas são dadas como certas. (Foto: Divulgação)
Plantação de soja em Mato Grosso do Sul; cultura enfrenta estiagem e perdas são dadas como certas. (Foto: Divulgação)

Com o prazo final do plantio da soja em Mato Grosso do Sul encerrado em 31 de dezembro – data é pré-estabelecida devido às estratégias de defesa sanitária vegetal, a fim de reduzir a incidência de ferrugem asiática na soja – cabe aos produtores atenção especial em relação ao prazo para cadastro da área plantada. O alerta foi feita pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal), através da assessoria de comunicação em nota técnica.

O cadastro é obrigatório e deverá ser realizado no site da  agência sanitária ( Clique AQUI) até o dia 10 de janeiro, conforme a Lei n° 3.333 de dezembro de 2006. O produtor que não realizá-lo dentro do prazo poderá sofrer penalidades.

Safra 2021/2022 – Diferente das primeiras estimativas que davam conta de que Mato Grosso do Sul pudesse atingir produtividade de até 58 sc/ha, o que novamente seria uma safra recorde considerando ainda a área plantada que é a maior da história (com 3,8 milhões de hectares), o setor trabalha, segundo a Semagro-MS (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), com a probabilidade de quebra devido à estiagem e busca apoio do Governo Federal para reduzir os impactos na economia junto ao setor produtivo.

Em reunião realizada no início dessa semana, entre secretários de Agricultura dos estados das regiões Sul e Centro-Oeste e diretores do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), os técnicos estão a campo para fazer um estudo e o que se sabe é que em lavouras da região Sul (onde estão concentradas 65% da área plantada com soja) as perdas estão consolidadas.

O Monitor de Seca da ANA (Agência Nacional de Água) indica que todos os municípios de Mato Grosso do Sul estão enfrentando seca de moderada a extrema e as chuvas estão entre 40 a 50% abaixo da média histórica e a tendência é essa situação perdurar até março.

O governador Reinaldo Azambuja, após reunir-se com as diretorias da Famasul e Aprosoja, decretou situação de emergência nas 79 cidades do Estado, em função da seca e estiagem. O documento foi publicado nesta terça (4), no Diário Oficial do Estado.

Reparação das perdas – A partir desta quarta-feira, técnicos da Semagro, da Embrapa e de outras instituições se reúnem para tratar dos impactos da seca na produção agrícola do Estado e nos próximos dias o Governo do Estado também deve se reunir com os agentes financeiros que atuam com o crédito rural em Mato Grosso do Sul, como o Banco do Brasil e Sicredi, para avaliação da documentação necessário para as negociações de dívida e de seguro.

Ainda no decorrer desta semana, uma equipe técnica do Mapa vem a Mato Grosso do Sul visitar a região de Naviraí, onde praticamente toda a lavoura de soja já foi comprometida pela estiagem, além de outros municípios do Cone Sul e Sul Fronteira.

A escassez de chuvas não ocorre apenas em Mato Grosso do Sul. Todos os Estados da Região Sul estão sentido os efeitos da estiagem. Em Santa Catarina, o secretário de Agricultura Altair Silva reportou perdas de até 80% nas lavouras de milho. No Paraná o problema se repete em menor ou maior intensidade em todas as regiões, conforme o secretário de Agricultura Norberto Anacleto Ortigara.

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