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Meio Ambiente

Após plástico de milho, MS terá indústria com produção a partir da batata-doce

Indústria que produz plástico de batata-doce vai ser a primeira a ativar a Zona de Processamento de Exportações de Bataguassu

Rosana Siqueira | 04/02/2020 16:40
Área da ZPE em Bataguassu onde deve ser implantada primeira indústria no local. (Arquivo)
Área da ZPE em Bataguassu onde deve ser implantada primeira indústria no local. (Arquivo)

Após o plástico de milho, que promete ser produzido pelos chineses em Maracaju, agora é a vez do plástico de batata-doce dar as caras em Mato Grosso do Sul. Uma indústria que vai produzir, entre outros produtos, plástico de batata-doce será o primeiro empreendimento a inaugurar finalmente a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Bataguassu, município localizado na divisa com São Paulo. O projeto foi aprovado no final do ano passado pelo Ministério da Economia e segundo resolução publicada no Diário Oficial da União em novembro, a empresa produzirá de xarope de dextrose de batata doce e maltodextrina de batata doce para a exportação.

A Zona de Processamento de Exportação é um distrito incentivado, no qual as indústrias operam com benefícios tributários, cambiais e administrativos. Em contrapartida, no mínimo 80% da receita deve ser oriunda de suas exportações. Instituída em 2010, a ZPE de Bataguassu possui uma área total de 200 hectares e administrada pelo grupo privado EGEZPE.

A primeira empresa que vai se instalar na ZPE pertence ao grupo Biofaz que tem tecnologia e expertise na extração de derivados da batata doce, que incluem soluções sustentáveis e de baixo custo em alimentos, combustíveis e biopolímeros derivados da batata doce.
No site a empresa destaca que utiliza matéria prima orgânica e livre de qualquer modificação genética.

Sustentabilidade - De acordo com o secretário de Estado da Produção (Semagro) Jaime Verruck esta é a primeira empresa que vai ativar realmente a ZPE de MS. “O Governo vinha acompanhando o projeto. Se trata de uma ZPE privada regularizada”, salienta explicando que a ZPE recebe indústrias que devem exportar 80% do que é produzido. “Elas compram insumo de MS sem tributo processa e exporta 80% para ter benefício fiscal. É uma zona livre de tributação, mas a idéia é que ela seja competitiva no mercado internacional”, frisou.

Ele destacou a inovação do projeto da Biofaz. “A empresa vai fazer este plástico da batata doce. É um plástico que substitui o plástico do petróleo. É biodegradável uma demanda crescente no mercado mundial. Então MS vai receber uma indústria deste segmento, o mais importante do ponto de vista de sustentabilidade. E ainda é o primeiro projeto que ativa a ZPE, depois de tantos anos”, comemorou.

De acordo com o titular da Semagro, a empresa tem agora 90 dias para apresentação da implantação do projeto na ZPE. “A partir da publicação que foi em novembro, a Biofaz tem agora 90 dias para fazer a implantação da indústria, iniciar o processo. É uma notícia salutar para o MS; Não temos ainda o valor do investimento. Mas é o pontapé inicial para que outras venham para ZPE”, acrescentou.

Na avaliação do secretário, o projeto reforça a vocação do Estado de inovação e sustentabilidade. "MS conta com ZPE ativa inovadora e diferenciada com a substituição do plástico de petróleo pelo plástico biodegradável", analisou.

A noticia também foi bem recebida pelo prefeito de Bataguassu Pedro Caravina. “A ZPE está com o prazo de instalação prorrogado. A parte física está na terraplanagem, com a entrada pronta, mas ainda não está finalizada. A área pertence a administradora EGPE que estava aguardando esta empresa para concluir a obra. Teremos agora uma reunião com pessoal da empresa que vai produzir da batata doce. Esta será a primeira grande empresa a se instalar na ZPE”, frisou.

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