Câmeras espalhadas no Pantanal contam impacto das queimadas na fauna
Registros foram coletados no dia 30 de março e vão ser computados a imagens feitas um ano antes
No meio da Serra do Amolar, integrantes de projeto que monitora a fauna na região enfrentaram vegetação alta, o corixo repleto de vitórias régias, para coletar câmeras que vão dar uma resposta de interesse especial para o Pantanal. Nas imagens gravadas, espera-se conhecer o impacto dos incêndios devastadores de 2020, que consumiram mais de um quarto da vegetação na planície.
As imagens de animais sofrendo com a falta de comida e as queimaduras correram o País. Agora, o programa vai relevar como está tudo depois da tragédia ambiental ter passado.
Os registros vão ser comparados com aqueles feitos entre o fim de 2019 e o início de 2020 pelas do projeto Conexão Jaguar. Depois dos grandes incêndios do ano passado, os equipamentos foram novamente instalados e no dia 30 de março, na semana passada, foi feito o recolhimento por técnicos do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), um dos parceiros da iniciativa.
Prazo - “Até maio deste ano devemos ter o comparativo de populações da fauna pós-fogo. No levantamento anterior, feito entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020, foram flagradas nas 48 câmeras, 49 espécies, sendo 32 mamíferos. Oito eram onças-pintadas e seis ariranhas, que são espécies ameaçadas de extinção”, explica o médico veterinário Diego Viana.
Segundo Viana, tatus-canastra e antas também foram vistas nas imagens, explica o Médico Veterinário, Diego Viana.
O que vem agora, depois de tanta destruição pelo fogo no ano passado é ainda uma incógnita. O programa não divulgou as imagens ainda e diz que só fará isso quando a análise estiver pronta.
Na semana passada, quando foram coletar os equipamentos, as imagens impressionam, mas foi feito o alerta de que, no caso do vídeo que está abaixo, foram feitas numa região da Serra do Amolar não impactada pelos incêndios do ano passado.
O que é - Fazem parte do Projeto Jaguar o grupo ISA, empresa colombiana de rede de transmissão de energia, a ONG colombiana Panthera, que também tem sua unidade no Brasil, a consultoria de financiamento de carbono da Suíça South Pole e o IHP.
O instituto, sediado e Corumbá, faz a gestão da rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar desde 2010.
Imagens das onças-pintadas na região, feitas pelo mesmo tipo de câmeras, são de impressionar pela beleza do bicho na natureza.
Confira: