Colar de monitoramento revela que Miranda está tendo um bom retorno à natureza
A onça-pintada ficou internada durante 43 dias após ser resgatada com queimaduras nas patas
Dois meses após voltar à natureza, colar de monitoramento revela que Mirada, onça-pintada resgatada com as patas queimadas, está tendo boa adaptação. A fêmea, de dois anos, ficou em tratamento durante 43 dias no Hospital Veterinário Ayty, em Campo Grande.
RESUMO
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Dois meses após sua soltura, a onça-pintada Miranda, resgatada com queimaduras nas patas após os incêndios no Pantanal, mostra excelente adaptação. Dados de seu colar de monitoramento indicam movimentação ágil, exploração ativa do território e períodos de repouso para alimentação, comprovando sua recuperação física e comportamental. Imagens de satélite reforçam a boa reintegração ao habitat natural, demonstrando o sucesso do tratamento e da parceria entre instituições envolvidas no resgate e reabilitação do animal.
Conforme informado pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), através dos dados recebidos pelo GPS de Miranda é possível descobrir que a onça está com “excelente estado físico e comportamental”. O colar de rastreamento foi instalado em parceria com o Onçafari.
O instituto ainda detalha que informações recentes mostram que a onça tem explorado seu território de forma ativa. Ainda foi observado que a fêmea realiza deslocamentos rápidos e períodos de repouso.
“Através de informações recebidas pelo seu colar é possível afirmar que ela se movimenta muito bem. Certamente não possui mais sensibilidade em seus membros e explora seu território normalmente. É possível, também, notar pontos de pausas longas, onde provavelmente alimenta-se de presas capturadas por ela própria”, explica a bióloga coordenadora do Onçafari, Liliam Rampim.
O Imasul ainda informa que imagens captadas por satélite reforçam a boa reintegração do animal ao seu habitat natural, mostrando que Miranda tem tido movimentos ágeis, como se espera de um predador saudável.
Além de ajudar a entender os hábitos da onça, o colar ainda é usado para garantir a segurança do animal. A localização de Miranda, assim como outras espécies que são monitoradas, são mantidas em sigilo como prevenção a possíveis ameaças.
"A história de Miranda é a prova concreta que o conhecimento técnico e parcerias sólidas, conseguimos transformar situações de vulnerabilidade em histórias de sucesso. Acompanhamos com orgulho sua adaptação e reafirmamos nosso compromisso com a proteção da biodiversidade do Pantanal", destacou o diretor-presidente do Imasul, André Borges.
Relembre - Miranda foi resgatada no dia 15 de agosto, na cidade de Miranda, após ser encontrada com queimaduras nas patas causadas pelos incêndios no Pantanal. A onça estava abrigada em uma manilha quando foi encontrada.
Equipes do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), Gretap, Ibama e PMA (Polícia Militar Ambiental) atuaram no resgate da onça, que durou 26 horas. Por conta dos ferimentos, cuidados emergenciais foram realizados ainda no local que Miranda foi encontrada.
O tratamento da onça incluiu curativos diários com pomadas cicatrizantes e sessões de ozonioterapia, tendo a duração de 43 dias. Miranda ainda recebeu uma dieta reforçada, que contava com 5 kg de carne por dia.
Depois de passar por uma bateria de exames, o animal foi solto em uma área selecionada para oferecer condições ideais para sua readaptação. A soltura foi realizada no dia 27 de setembro.
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