Crianças encontram porta de geladeira e faxina tira até GoPro da água do Formoso
Projeto mira o futuro e desenvolve ações ambientais com estudantes na Serra da Bodoquena
O sol do meio da tarde iluminava o animado grupo de crianças e adolescentes que realizava atividades na sede do Instituto Guarda Mirim Ambiental de Jardim, a 236 km de Campo Grande.
Ali, meninos e meninas são “sementes”, participando de ações para entender os impactos ambientais, como o mutirão de lixo que retirou até porta de geladeira do córrego urbano Imbaúba.
Jardim, onde moram, faz parte da Serra da Bodoquena, local cheio de belezas naturais que também abrange Bonito, Bodoquena e Miranda, mas também em perigo, com avanço da lavoura e mineração.
De acordo com o diretor do instituto, Nisroque da Silva Soares, o projeto “Semeando o Futuro” tem 120 participantes, com faixa etária de 8 a 15 anos. As atividades incluem coleta de sementes, viveiro de mudas, caminhada ecológica. O projeto recebe os alunos duas vezes por semana, no contraturno escolar.
O adolescente Mateus, 17 anos, conta que participa desde os 11 anos e já acompanhou ações para plantio de 10 mil mudas. A preferida do estudante é o ipê branco. Júlia Ester, de 12 anos, afirma que gosta de participar das atividades para preservar o meio ambiente.
No projeto, especial atenção é dada ao lixo, que, se descartado de forma incorreta, vai poluir solo e água. No meio do gramado, os resíduos retirados do córrego são expostos. Além da porta de geladeira, se destaca a enorme quantidade de embalagens plásticas. Os materiais também são transformados em estátuas de animais, como onça e araras.
Lixo na água - A degradação das águas também surge em Bonito. No mês de março, que celebra o Dia Mundial da Água, mutirão retirou pneus e até uma câmera GoPro do leito do Rio Formoso, atrativo turístico do município. A ação foi com caiaques e mergulhadores.
“O Formoso não tem largura suficiente para passagem de barco. A ação fez tanto a parte de fiscalização criminal quanto ambiental. Tinha tudo que você imaginar, latinha de cerveja e até uma câmera GoPro no fundo do rio ”, afirma o comandante da PMA (Polícia Militar Ambiental) em Bonito, capitão Kelvin Augusto Rodrigues Valente.
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