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Meio Ambiente

Desde julho de 2020, todas as regiões de MS sofreram seca severa

Setembro teve área inédita de "seca excepcional", considerada a mais grave na escala

Gabriela Couto | 07/11/2021 10:48
Desde julho de 2020, todas as regiões de MS sofreram seca severa
Rio Paraguai registrou seca histórica nos últimos meses, o que foi relatado no monitoramento. (Foto: EPA / BBC News Brasil)

O Monitor de Secas da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) registrado, desde julho de 2020, mostra que 100% das regiões de Mato Grosso do Sul registraram seca acima da média. O último levantamento deixou um alerta mais grave: setembro teve situação inédita,  "seca excepcional", a mais severa na escala do Monitor.

O registro foi feito no nordeste do Estado, o que representa 3,64% do território de Mato Grosso do Sul. Considerando todas as regiões, essa seca inédita atingiu 24% de Mato Grosso do Sul no período de agosto a setembro.

Tal situação é a mais severa desde a entrada do estado no Mapa do Monitor e a pior do Centro-Oeste em setembro. Em termos de área total com seca, Mato Grosso do Sul teve cerca de 357 mil km² nessa situação, ficando atrás apenas de Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia.

Desde julho de 2020, todas as regiões de MS sofreram seca severa
Monitor coloca Mato Grosso do Sul como quarto em áre com seca no país. (Foto: Reprodução)

Considerando as quatro regiões acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil registraram as condições mais severas em setembro com respectivamente 1% e 8% de áreas com seca excepcional – a mais severa na escala do Monitor.

O Nordeste teve a menor severidade do fenômeno no último mês, já que foi a única região a não ter registrado seca extrema ou seca excepcional. O Sul foi a segunda região com menor severidade no período, sendo que a seca extrema foi identificada em 3% de seu território.

Em setembro deste ano, em comparação a agosto, em termos de severidade da seca, 13 estados tiveram uma intensificação do fenômeno em setembro: Bahia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.

Desde julho de 2020, todas as regiões de MS sofreram seca severa
Monitor de Secas mostrou ampliação da área com maior registros de falta de água de um mês para o outro. (Foto: Reprodução)

Assim, pela primeira vez, todas as 21 unidades da Federação monitoradas registraram o fenômeno simultaneamente. No sentido oposto, dois estados tiveram um abrandamento da seca no período: Maranhão e Santa Catarina.

Em outros cinco estados, sobretudo do Nordeste, a severidade do fenômeno se manteve estável: Alagoas, Ceará, Paraíba, Paraná e Sergipe. Considerando as quatro regiões acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em setembro aconteceu no Sudeste, que registrou 8% de seca excepcional – a mais severa da escala do Monitor. No sentido oposto, o Nordeste teve a menor severidade de setembro e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou seca excepcional.

Considerando o recorte por região, o Centro-Oeste teve uma redução da área com seca de 99% para 91%, devido ao recuo significativo da seca fraca em parte do norte de Mato Grosso, que ficou livre de seca. Já no Nordeste, Sudeste e Sul o território com o fenômeno se manteve estável.

Em 13 unidades da Federação, 100% de seus territórios registraram seca em setembro: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Os demais oito estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 63,9% e 97,9% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.

Desde julho de 2020, todas as regiões de MS sofreram seca severa
Mato Grosso do Sul permanece com 100% de seca em todas as regiões do Estado. (Foto: Reprodução)

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.

A ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

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