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Meio Ambiente

Estudo conclui que desmatamento no Cerrado diminui 25% em um ano

Ao todo, o desmate atingiu 8.174 km² no período analisado

Por Gustavo Bonotto | 06/11/2024 20:50
Imagem área do Cerrado na região Centro-Oeste. (Foto: Moisés Muálem/WWF)
Imagem área do Cerrado na região Centro-Oeste. (Foto: Moisés Muálem/WWF)

O Cerrado, bioma brasileiro caracterizado especialmente pelas floresta estacionais e campo, registrou redução de 25% no desmatamento entre agosto de 2023 a julho de 2024, conforme dados do Prodesc (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os dados foram divulgados no fim da tarde desta quarta-feira (6).

Ao todo, o desmate atingiu 8.174 km² no período analisado. Em 2023, o número chegou a 11.002 km². A meta da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é desmatamento zero, em todos os biomas, até 2030.

Entre os estados, os que registraram as maiores quedas são: Rondônia (62,5%), Mato Grosso (45,1%), Amazonas (29%) e Pará (28,4%). Apenas Roraima registrou aumento (53,5%).

Ainda conforme o Inpe, cerca de 75% desse desmatamento segue concentrado em quatro estados: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, estados que formam o acrônimo Matopiba, principal fronteira agropecuária do Cerrado na atualidade. Nesses estados, no entanto, o Prodes registrou queda significativa de desmatamento, na comparação 2023/2024 com o período imediatamente anterior. Na Bahia, por exemplo, a redução foi de 63,3%, seguida por 15,1% no Maranhão, 10,1% no Piauí e 9,6% no Tocantins.

Em evento nesta quarta, a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, assinou pacto entre o governo federal e os governos estaduais do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O objetivo é reforçar a ação conjunta na prevenção e combate ao desmatamento e incêndios na região, em uma articulação que vem sendo construída desde março.

Segundo o MMA, a parceria "busca aumentar a atuação coletiva para identificar e aplicar sanções ao desmatamento ilegal em imóveis rurais da região, além de aprimorar as regras e processos para garantir transparência, compartilhamento de informações e formulação de estratégia para a conservação da água e dos ativos florestais de vegetação nativa nos diferentes ecossistemas do Cerrado no Matopiba".

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