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Meio Ambiente

Dnit reconhece situação de emergência na hidrovia do Rio Paraguai

Decisão é devido às baixas profundidades excepcionais neste período de escassez hídrica

Por Aline dos Santos | 08/08/2024 07:47
Fumaça sobre o Rio Paraguai na última sexta-feira (dia 2), em Corumbá. (Foto: Henrique Kawaminami)
Fumaça sobre o Rio Paraguai na última sexta-feira (dia 2), em Corumbá. (Foto: Henrique Kawaminami)

O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) ratificou a declaração de situação de emergência na hidrovia HN-950 (Rio Paraguai). A decisão é devido às baixas profundidades excepcionais observadas no momento.

“Com prognóstico de agravamento, impactando a segurança à navegação, com risco iminente de interrupção do tráfego de cargas no rio e incremento relevante de tráfego pesado na rodovia BR-262/MS, aumentando o risco à vida humana e animal”. Com essa publicação, se for necessário, o Dnit poderá realizar contratação de obras/serviços de modo emergencial.

A hidrovia corta metade da América do Sul, desde Cáceres, em Mato Grosso, até Nova Palmira, no Uruguai. O trecho brasileiro vai até a confluência com o Rio Apa e tem 1.272 km de extensão. É uma importante via de transporte de minérios, produtos agrícolas e grãos. Em Mato Grosso do Sul, as maiores cidades na área de influência são Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana e Porto Murtinho.

Desde o dia 13 de maio, a Região Hidrográfica do Paraguai está em situação crítica de escassez, declarada pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e que deve se estender até 31 de outubro, podendo ser prorrogada, caso o problema persista.

Hidrovia do Rio Paraguai em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. (Foto: Reprodução)
Hidrovia do Rio Paraguai em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. (Foto: Reprodução)

Os diretores da ANA ponderaram que a falta de chuvas pode resultar em impactos aos usos da água, sobretudo em captações para abastecimento humano, além de dificultar e até inviabilizar a navegação.

A reportagem verificou que o Dnit mantém três contratos para manutenção na hidrovia,  que somam R$ 102,9 milhões.  Por outro lado, há interesse da União em ampliar a navegabilidade com dragagem de trechos, o que já até motivou estudo de pesquisadores apontando risco para a dinâmica do Pantanal, porque alteraria o ritmo natural do rio.

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