Em uma semana, MS vai de sensação térmica de -4 aos quase 50 graus
Em Corumbá, temperatura variou dos 7 graus na sexta-feira passada para hoje
Da sensação de temperatura de -4 e até geada na semana passada, para o de calor próximo dos 50 graus centígrados. Assim estão sendo os últimos de agosto em Mato Grosso do Sul, quentes e secos, com umidade relativa do ar próxima dos 10%, nível de alerta para a saúde humana.
Se a frase “tá muito quente” foi ouvida ou falada por você muitas vezes nesses últimas dias, saiba que a meteorologia confirma em números o “veranico” em pleno fim de inverno, graças a uma massa de muito quente e seco atuando na região, como explicou o especialista na área Natálio Abrahão ao Campo Grande News.
No dia 22, Iguatemi teve sensação térmica de -4 graus. Nesta sexta-feira (28), a cidade de Corumbá, às margens do Rio Paraguai, marcou 39 graus no termômetro, e, nas ruas, a sensação foi de nada menos do que 49 graus na pele. Na semana passada, Corumbá havia registrado frio de 7 graus. A amplitude térmica, em uma semana, é de diferença de 32 graus centígrados.
Em Campo Grande, que registrou 5 graus uma semana atrás, com sensação de três graus, o calor hoje chegou a 35 na medição dos termômetros, com a sensação térmica em 47 graus.
Eu trabalho dentro de uma sauna, se eu ficar muito tempo aí, perco dois quilos”, definiu o comerciante Adriano Guedes, 41 anos, que tem uma banca de produtos variados bem no Centro da cidade, na 15 de Novembro, onde o concreto e a pouca ventilação fabricam uma espécie de “ilha quente”.
Guedes contou ter nascido em São Paulo e vindo criança para cá. Só teve contato com, frio por aqui, nos poucos dias de temperatura mais baixcas. Prefere que fiquem altas mesmo.
“Sou mais do que calor mesmo, melhor para sair, até para as vendas, movimento cai no frio, as pessoas não saem tanto”, explica.
A água é o antídoto, conta, com uma garrafa vazia nas mãos.
Para Sidneya Vieira, 26 anos, até que está “tranquilo”. Ela veio há seis meses do Pará, estado de temperaturas bastante altas. “Estou acostumada. O que dá não para suportar é frio”
Ela revelou, inclusive, certo alívio. “Sofri bastante nesses últimos dias, vivi empacotada”, disse.
Na opinião da paraense, “pelo menos no calor temos a opção de tomar banho, ligar o ventilador, ou o ar condicionado..."
O cuidado contra a sensação de calor seco tem sido tomar bastante água e passar hidrante na pele.
“Tá muito quente, mas ainda assim prefiro”, resumiu Ivone Luiza de Oliveira, 48 anos, depois de comentar que acreditou em uma onda de temperaturas baixas mais longas: “Mas está esse calor de rachar”.