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Meio Ambiente

Horas de chuva causam enchentes em seis cidades e deixam desalojados

Em nove municípios choveu mais da metade do esperado no mês, mas em Caarapó a quantidade de água foi 102% maior que o previsto

Danielle Valentim | 09/10/2018 07:01
Situação de Caarapó durante a chuva que durou oito horas seguidas (Foto: Caarapó News)
Situação de Caarapó durante a chuva que durou oito horas seguidas (Foto: Caarapó News)

Chuvas que atingem cidades de Mato Grosso do Sul desde ontem (8) se estendem pela manhã desta terça-feira (9) e causam enchentes em ao menos seis cidades. Em nove municípios choveu mais da metade do esperado no mês, mas em Caarapó a quantidade de água foi 102% maior que o previsto em todo o período e desalojou 24 famílias.

Famílias desalojadas – Doze pessoas de uma família do bairro Nova Jerusalém, em Campo Grande, sendo três adultos e nove crianças - uma delas com deficiência visual - foram surpreendidas pela água enquanto dormiam no imóvel localizado na Avenida Jonas Alves de Souza. A família perdeu eletrodomésticos, roupas e cobertores.

Em Caarapó, a chuva das 7h às 15h somou 137,4 milímetros, alagou casas e desabrigou temporariamente 24 famílias. Os maiores efetivos do temporal ocorreram na Vila Planalto, onde residências foram tomadas pela lama.

Conforme o meteorologista Natálio Abrão, choveu oito horas seguidas e somou um acumulado 102% maior que o esperado no mês, já que o previsto era 134,2 mm. Os ventos chegaram a 48,60 km/h.

Em Água Clara, as primeiras inundações foram registradas às 19h. Em duas horas, a chuva somou 43,0 milímetros. A chuva em Ribas do Rio Pardo chegou a 23,2 mm e os vento marcaram 72,5 km/h. No entanto, a assessoria de imprensa da Prefeitura não confirmou estragos ou famílias desalojadas.

Em Bataguassu que enfrentava uma seca de oito dias, a chuva foi expressiva e também causou enchente. Foram 42,2 mm de forte chuva e inundações na cidade. O total acumulado soma 79 mm, mas ainda chove na cidade. O esperado no mês todo é de 116,2 mm. Os ventos chegaram a 56,2 km/h.

Também houve enchente em Três Lagoas após um período de estiagem. Em um só dia chuva somou 50 mm, sendo o esperado no mês de 126,4 mm. Às 16h, o vento chegou 51,16 km/h. Às 19h voltou a chover e somou mais 19,6mm em 40 minutos.

Em Fátima do Sul, choveu na madrugada e somou 18,4 mm. O fenômeno continua nesta manhã causando enchentes em pontos da cidade. Os ventos chegaram a 50,5 km/h. O total acumulado foi de 65,4 mm, sendo que o esperado no mês é de 170,9 mm. O mesmo ocorreu em Ivinhema com 37,8 mm acumulado em um só dia causando enchente na madrugada.

A quantidade de chuva também causou enchente em Itaquiraí o total do dia foi elevado com 65,8 mm, sendo o esperado para todo o mês 137,5mm. Em Angélica, choveu muito entre 13h e 17h. Foram registrados 25 mm de chuva e um acumulado 76 mm, metade do esperado no mês. Não houve registro de enchente.

Brasilândia choveu à noite e continua nesta manhã. Até agora o acumulado chegou aos 54,4 mm, sendo o esperado no mês de 170,3mm. Em Iguatemi chuva leve e intermitente é registrada, mas sem danos. O acumulado foi de 37,2 mm, sendo o esperado no mês de 134,8mm.

Em Juti, a previsão é de mais chuva nesta terça-feira, mas não ocorreu enchentes. 

Enchente ou cheia - Geralmente, uma situação natural de transbordamento de água do seu leito natural, qual seja, córregos, arroios, lagos, rios, ribeirões, provocadas geralmente por chuvas intensas e contínuas.

A ocorrência de enchentes é mais frequente em áreas mais ocupadas, quando os sistemas de drenagem passam a ter menor eficiência com o tempo se não forem recalculados ou devidamente adaptados tecnicamente. É comum o aumento das destruições devido sobretudo ao adensamento populacional de determinadas áreas sujeitas tradicionalmente a cheias cíclicas.

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