Chuva atrapalha obra necessária para desassorear lago em Parque
Prefeitura avaliará melhor momento para dar início as atividades na região do bairro Carandá Bosque
O período de chuvas, que começou em setembro e vai até março do ano que vem, não só já registrou estragos em diversos pontos da Capital, como também tem impedido que obras da prefeitura sejam concluídas, revela o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Público, Rudi Fiorese. É o caso do lago de contenção previsto para ser construído na região das Avenidas Mato Grosso e Hiroshima, no bairro Carandá Bosque, que por não estar pronto, tem impedido atividades necessárias para desassorear o lago Parque das Nações Indígenas.
De acordo com a administração do Parque, a obra de desassoreamento está atrasada em quase um ano, justamente porque o lago da Mato Grosso não foi concluído. "Esse lago de contenção servirá para que a areia daquela região não chegue ao Parque. Mas como eles ainda estão trabalhando na obra, temos que esperar", explicou Leonardo Tostes Palma, gerente de unidade que é administrada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
Segundo ele, desassorear o lago com as equipes ainda atuando na região, seria um serviço em vão, já que o serviço pode fazer com que areia, galhos de árvores, lixo e outras sujeiras acabem indo parar dentro do lago.
O gerente do parque garante ainda que uma reunião será marcada com representantes da prefeitura, para tratar sobre prazos e cobrar a finalização da obra. "Nós já nos reunimos e ficou acordado que tudo seria finalizado até abril, mas durante um vistoria recente, uma equipe detectou que os trabalhos não estão sendo realizados no local, tendo até mesmo as máquinas sido retiradas de lá", complementou.
De acordo com a prefeitura, o projeto referente ao lago já está sendo finalizado, mas como pode continuar chovendo, não há uma previsão para coloca-lo e m prática. "Entramos em período de chuvas e fica complicado trabalhar assim. Vamos avaliar o melhor momento para iniciar a obra, mas talvez não seja coerente começar agora, porque se começar a chover, pode ir mais areia para o parque", ressaltou Rudi.
Após a finalização das atividades no Carandá Bosque, o serviço de desassoreamento do lago do Parque passará de ser feito de semestralmente, como deve ser atualmente, para a cada cinco anos, garante o gerente da unidade.
Impacto - Com o desassoreamento não sendo realizada, quem visita o Parque com frequência diz que os efeitos são visíveis. "É lamentável que esteja desse jeito, além de ser um ponto turístico, é o cartão postal da cidade", opina o pecuarista Kauston Camargo.
Na manhã desta segunda-feira (8), equipes do Parque atuavam na limpeza do lago, retirando galhos de árvores e sujeiras de dentro do lago. O local foi bastante afetado com a chuva da última quarta-feira, que provocou alagamentos pela cidade e a queda de árvores, inclusive de dentro do Parque.