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Meio Ambiente

Incêndios aumentam atendimentos respiratórios nas unidades de saúde na Capital

Região do Bandeira lidera número de queimadas e atendimentos, segundo levantamento da Planurb

Fernanda Palheta | 03/06/2019 11:42
Comitê de Municipal de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e urbanos antecipa a Campanha Agosto alaranjado (Foto: Fernanda Palheta)
Comitê de Municipal de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e urbanos antecipa a Campanha Agosto alaranjado (Foto: Fernanda Palheta)

Dos 1.936 focos de incêndios em vegetação combatidos em 2018 pelo Corpo de Bombeiros em Campo Grande, 20% foram registrados na região do Bandeira, que lidera o número de registros. Com 420 focos de incêndios, a região do Bandeira, também registrou o maior número de atendimento médicos em decorrência a problemas respiratórios da Capital. Ao todo foram 15.829 ocorrências registradas em 2018.

Os números levantados pela Panurb e apresentados durante o lançamento da campanha Agosto Alaranjado, na Câmara Municipal, na manhã desta segunda-feira (3), apontam uma das consequências das queimadas para a população.

“Correlacionamos onde foram registrados o maior número de focos de queimadas com os atendimentos nas unidades de saúde, e os dados mostram que as regiões com maior quantidade de atendimento são as que mais tiveram queimadas”, aponta a chefe da Divisão de Meio Ambiente da Planurb, Mariana Massud.

Em 2018, segundo levantamento, foram registradas 59.304 atendimentos médicos em decorrência a problemas respiratórios da Capital. O que equivale a mais de 160 casos atendidos por dia somente na rede pública de saúde. Um aumento de 7% em comparação com o ano anterior, quando foram registrados 55.514 atendimentos médicos. Os problemas respiratórios atendidos nas unidades de saúde são referentes as infecções agudas da vias aéreas superiores, bronquite, asmas e afecções respiratórias crônicas.

Queimadas – Em 2018, segundo dados do Corpo de Bombeiros, foram combatidos mais de 2.300 focos de incêndio em vegetação, tanto na zona rural quanto na zona urbana da Capital. O que significa um aumento de cerca 20% nos focos de incêndios em comparação ao ano de 2017.

Somente nos cinco primeiros meses de 2019, foram registradas 1.227 notificações. Dados do Corpo de Bombeiros ainda aponta que este ano, o mês de janeiro registrou o maior registro histórico com 542 ocorrências de queimadas em Mato Grosso do Sul.

Campanha - No terceiro ano, a campanha Agosto Alaranjado foi adiantada e teve início nesta segunda-feira (3), com o tema ‘Onde tem queimada, não tem saúde’. Segundo o vereador de Campo Grande, a ideia é trabalhar durante os três meses com conscientização.

“Agosto é o mês mais critico das queimadas, o clima contribui e esse comportamento cultural de colocar fogo tem gerado vários problemas para a saúde, para o trânsito, pro meio ambiente e até mesmo para o orçamento. Não dá para deixar de bater na mesma tecla porque todos os anos os problemas se repetem. Todos os anos chega o período de seca, se estiagem, as pessoas ateiam fogo para ‘limpar’ os terrenos e esse fogo gera problemas”, explica Romero.

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